segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Lobista João Augusto Henriques é preso pela Polícia Federal

Epoca


Ligado ao PMDB, ele foi preso na 19ª fase da Operação Lava Jato



O lobista João Augusto Henriques em conversa com ÉPOCA em 2013 (Foto: ÉPOCA)
O lobista João Augusto Rezende Henriques, ligado ao PMDB, foi preso pela Polícia Federal nesta segunda-feira (21). Hoje mais cedo, Época adiantou que ele negociava se entregar à PF. Ele foi preso em meio à 19ª fase da Operação Lava Jato, cujo nome é "Nessun Dorma" (Ninguém Dorme), deflagrada durante a manhã. João Henriques é o segundo lobista do PMDB preso pela Lava Jato. Em novembro de 2014, Fernando “Baiano” Soares foi detido preventivamente.
A Justiça decretou um mandado de prisão temporária (cinco dias) contra ele. O lobista exercia forte influência na diretoria internacional da Petrobras, pois era próximo do ex-diretor Jorge Zelada.
ÉPOCA revelou com exclusividade, já em 2013, como contrato ligado à diretoria Internacional da Petrobras foi intermediado pelo lobista. Em um dos negócios no qual ele participou, o segundo turno das eleições presidenciais de 2010 se aproximavam, e acordo com a estatal precisava ser assinado às pressas para que a Odebrecht pagasse US$ 8 milhões à campanha da petista Dilma Rousseff. O documento foi assinado cinco dias antes das eleições. "Todo mundo recebeu", revelara João Augusto. Todo mundo incluía Jorge Zelada, então diretor de Internacional da Petrobras, hoje preso pela Lava Jato, e deputados do PMDB. Depois da eleição, a Odebrecht ganhou contrato com a Petrobras, e o Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro afirmou que Zelada "possibilitou a concessão de vantagens financeiras indevidas à Odebrecht" contra os interesses da Petrobras. O partido, na época, negou ter recebido propinas.