domingo, 23 de março de 2025

Interpol e EUA negam ordem de Moraes contra Allan dos Santos

 Ministro pediu a emissão de um alerta mundial contra o jornalista


O jornalista Allan dos Santos mora nos EUA desde julho de 2020, para onde se exilou depois de ser investigado em inquéritos abertos pelo ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal (STF) | Foto: Reprodução/@38contadoallan

A Interpol e o Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmaram que as evidências de crimes reunidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra o jornalista Allan dos Santos são insuficientes. 

Por esse motivo, o pedido de extradição não foi atendido e o nome de Santos não foi incluído na lista de foragidos internacionais. Além disso, todos os dados do jornalista registrados no sistema da Interpol foram excluídos, como noticiado por Oeste. 

“Até o momento, não houve a publicação da Notificação Vermelha em desfavor de Allan Lopes dos Santos, pois seria necessário que fossem prestados maiores esclarecimentos sobre o crime de lavagem de dinheiro praticado pelo foragido”, disse a Interpol. 

O Departamento de Estado dos EUA, por sua vez, afirmou que atenderia ao pedido de extradição apenas “em parte dos delitos” atribuídos ao jornalista, desde que houvesse esclarecimentos sobre as acusações de “organização criminosa” e “lavagem de dinheiro”.

Allan dos Santos na mira de Moraes 

Alvo de investigações conduzidas por Moraes no Brasil, o jornalista se mudou para os EUA em meados de 2020. 

Pouco mais de um ano depois, em outubro de 2021, o ministro decretou sua prisão preventiva e ordenou a abertura de um processo para extraditar Santos. 

No processo, o jornalista é acusado de crimes como lavagem de dinheiro, participação em organização criminosa e incitação a delitos de calúnia e difamação. As investigações sugerem que essas ações teriam como objetivo desestabilizar a democracia brasileira. No entanto, Santos nega todas as acusações e afirma ser vítima de censura. 


Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal | Foto: Antonio Augusto/STF 

A Petição 9935 detalha as acusações contra o jornalista. Segundo o documento, ele “produz e difunde conteúdos que demonstram aderência voluntária ao mesmo modo de agir da associação especializada ora investigada”. 

A PF afirma que tais conteúdos tinham como objetivos “atacar integrantes de instituições públicas, desacreditar o processo eleitoral brasileiro, reforçar o discurso de polarização, gerar animosidade dentro da própria sociedade brasileira, promovendo o descrédito dos poderes da república, além de outros crimes”.

Revista Oeste

VAZA ÁUDIO DE HUGO MOTA - KASSIO NUNES E MENDONÇA...

Flávio Bolsonaro: ‘O julgamento do meu pai é um jogo de cartas marcadas’

 O objetivo de condená-lo — mesmo sem provas


Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em pronunciamento na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), em Brasília, DF (19/4/2023) | Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado 

O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta tentativa de golpe está próximo. Embora a audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) esteja marcada para a próxima terça-feira, 25, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirma que o pai já é tratado como condenado. Mesmo sem provas. 

De acordo com o senador, é inadmissível a ideia de manter os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino no julgamento contra o ex-presidente. “É mais uma prova desse processo para impedi-lo de concorrer em 2026”, diz Flávio. “É uma perseguição desenfreada, por puro medo. Deveriam respeitar a Constituição Federal.” 


Ministro Cristiano Zanin, durante sessão plenária do STF (12/3/2025) | Foto: Fellipe Sampaio/STF 

Em entrevista exclusiva, Flávio, que foi eleito presidente da Comissão de Segurança Pública, descreve o processo contra o ex-presidente como “golpe”. A condução das investigações e a negação do direito de  defesa, segundo o senador, ressaltam a ilegalidade do julgamento de Bolsonaro. 

Flávio também destaca a importância de seu irmão Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PL-SP, permanecer nos Estados Unidos para lutar contra os abusos do Supremo. “Eduardo agiu corretamente”, diz. “Foi uma decisão de coragem e de maturidade. Nos EUA, o deputado conseguirá denunciar esse processo ditatorial no Brasil. Se estivesse aqui, certamente ficaria sem o passaporte.” 


Eduardo Bolsonaro, deputado federal, cercado por eleitores em São José dos Campos, SP (4/9/2024) | Foto: Shutterstock 

Leia os principais trechos da entrevista


Como o senhor analisa o julgamento de Bolsonaro no STF, com a participação de Moraes, Zanin e Dino?

É um jogo de cartas marcadas. Mais uma vez, Moraes está levando o próprio Judiciário brasileiro para o fundo do poço, a começar pelo Supremo Tribunal Federal. Já há pesquisas que mostram que o nível de credibilidade do Supremo perante a população é baixíssimo. A Corte terá de se posicionar em algum momento para isolar Alexandre de Moraes. A decisão de alguns ministros de não se declararem suspeitos é problemática. Zanin terá muita dificuldade em encontrar alguma legalidade nesse processo. Ele não deveria julgar Bolsonaro. Flávio Dino, que tem uma queixa-crime contra Bolsonaro em 2021, também não deveria julgá-lo. A legislação é clara, taxativa e objetiva ao dizer que essa é uma causa de impedimento. Além disso, Dino já afirmou que meu pai é o próprio demônio. Uma pessoa assim não deveria julgá-lo, mas os ministros ignoram essa situação. Querem, de qualquer forma, puni-lo, deixá-lo fora das eleições. Isso não é um julgamento justo, e a população sabe. Esse julgamento nem deveria estar acontecendo no Supremo, porque Bolsonaro não tem mais foro por prerrogativa de função. Chamo isso de “abraço de urso”, porque você não consegue se libertar. Esse julgamento também não deveria estar na Primeira Turma. Se já está no Supremo, deveria ser, no mínimo, no plenário. É óbvio que essa situação atenta contra a democracia. Esse é o golpe.



Ministro Flávio Dino, durante sessão da Primeira Turma do STF (18/3/2025) | Foto: Gustavo Moreno/STF

Como seria esse ‘golpe’? 

Esse golpe não começou agora, com Alexandre de Moraes, mas quando Bolsonaro ainda estava na cadeira de presidente. Diversas decisões foram tomadas para invadir a competência do Executivo. O golpe foi consolidado enquanto Alexandre de Moraes estava na presidência do Tribunal Superior Eleitoral, interferindo de diversas formas nas eleições, desequilibrando a competição. Agora, vem o desfecho: a perseguição contra Bolsonaro. Ele não tentou dar golpe nenhum. Todos sabem. Moraes aplica um golpe duro na democracia. No entanto, confio que o Supremo, em algum momento, entenderá que essas práticas são nocivas para a história do país. O STF retomará a normalidade, voltará a ser uma Corte constitucional — e não uma delegacia de polícia. Todo mundo já trata Bolsonaro como condenado, não por causa das provas ou do processo, mas por causa do posicionamento dos ministros que não se declararam impedidos de julgá-lo. O fato de insistirem em julgar Bolsonaro, mesmo contra o que diz a lei, é mais uma prova desse processo de perseguição para impedi-lo de concorrer em 2026. É uma perseguição desenfreada, por puro medo. 

O senhor ou o seu irmão Eduardo poderiam disputar a Presidência, caso Jair Bolsonaro seja impedido? 

Ninguém se mexe um milímetro para que esse cenário aconteça. Há alguns fatores na mesa que contribuem para o que vou dizer: Jair Bolsonaro será o candidato a presidente em 2026. Se porventura acontecer algo que o impeça de concorrer, acredito que ele já tenha algum planejamento em mente. Mas é algo que não revela para ninguém. Tenho a convicção de que qualquer nome apoiado por ele será eleito e vencerá o PT, o Lula ou quem quer que seja. O absurdo da perseguição contra Bolsonaro é tão grande, tem tanta repercussão, que não precisa de uma pré-campanha.

Jair Bolsonaro, ex-presidente brasileiro, durante manifestação no Rio de Janeiro (16/3/2025) | Foto: Reuters/Pilar Olivares

O deputado Eduardo Bolsonaro decidiu se licenciar do cargo diante das investidas do STF. Logo depois do anúncio, a PGR e o STF decidiram não apreender o passaporte dele. O que essas decisões demonstram?

Está comprovado que a investigação ocorre em sintonia com o ambiente político, ou seja, há interferência política. Tanto há interferência política que essa decisão específica foi provocada por quem? Pela dupla “Debi & Loide”, deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Rogério Correia (PT-MG). Eles se acham no direito de fazer o papel do Ministério Público ou da Polícia Federal. Isso não pode acontecer. Moraes deu um prazo de cinco dias para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestar sobre a apreensão do passaporte de Eduardo. Sabendo que Eduardo estava nos EUA, Gonet segurou essa decisão. Quase mais de 20 dias depois da ordem de Moraes, a PGR se pronunciou pela não apreensão do passaporte — imediatamente depois de Eduardo dizer que vai ficar nos EUA. Não sei qual foi a motivação, se Gonet ficou preocupado com a repercussão ou se tinha algum outro interesse pessoal. Em tempo recorde, Moraes já proferiu a decisão: concorda com a PGR. Está muito claro para mim que já havia uma armadilha pronta para Eduardo no Brasil. Assim que ele pisasse em qualquer aeroporto internacional, seria abordado pela Polícia Federal, que apreenderia o passaporte dele. Não tenho nenhuma dúvida disso.


Paulo Gonet, durante sessão plenária do STF (19/3/2025) | Foto: Antonio Augusto/STF

Qual vai ser o papel de Eduardo para denunciar a situação política no Brasil? 

Eduardo agiu corretamente. Foi uma decisão difícil, que tomou junto da família. Nos Estados Unidos, o deputado denunciará esse processo ditatorial no Brasil. Se estivesse aqui, Eduardo certamente estaria sem o passaporte. Acredito que Alexandre de Moraes já tinha deixado claro que queria “pegar” o Eduardo. Acho que, em algum momento, haverá mais uma possibilidade de acabarmos com o “alexandrismo”. Eduardo está lutando pela nossa democracia. Tem de haver um limite para tudo que Moraes está fazendo. Minha esperança é que, quando aqueles que estão dando suporte para Moraes perceberem que o ministro começou a sofrer sanções pelos abusos e excessos que cometeu, haverá o isolamento dele. Será melhor largar a mão de Moraes, para que ele seja responsabilizado pelos próprios atos. É melhor soltá-lo do que deixar essa contaminação se alastrar para outros ministros, para o procurador-geral da República ou, em um cenário pior, virar um problema diplomático que acabe afetando as próprias empresas brasileiras. 


Alexandre de Moraes, durante sessão plenária do STF (20/3/2025) | Foto: Antonio Augusto/STF 


O senhor teme ser o próximo alvo do STF? 

Não temo, porque atuo dentro do que acredito estar amparado pela minha imunidade parlamentar — mesmo sabendo que esse direito já foi relativizado pelo Supremo. Mas acredito não ser possível para  Moraes afundar ainda mais o Brasil nesse âmbito. A tendência agora é o ministro parar de avançar, ou pelo menos não continuar atacando parlamentares, já que não há nenhum motivo para tanto. Também tenho em mente que, aqui no Senado, encontro o amparo da maioria dos meus pares, inclusive do próprio presidente da Casa, o senador Davi Alcolumbre (União-AP). Ele certamente tomará uma decisão institucional para me defender, caso essa situação aconteça. A anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023 deve ser aprovada na Câmara, mas ainda não há um aceno positivo por parte de Alcolumbre. 


O senhor acredita que a proposta terá espaço para tramitar no Senado?

A gente tem de acreditar em Davi Alcolumbre. Se esse projeto chegar ao Senado, o presidente da Casa não vai, de forma alguma, atrapalhar o processo. Não vai sentar em cima nem engavetar. Sem dúvida alguma, Alcolumbre vai construir, junto dos senadores, essa pacificação do país por intermédio da anistia. Não tenho nenhuma dúvida. Ouço até de parlamentares que não têm nosso perfil ideológico que há um consenso sobre a anistia. Há um grande consenso de que houve excessos nas condenações. Não é possível aceitar que queiram condenar as pessoas com penas tão altas, mentindo, com lições de ordem moral mentirosas. Golpe de Estado armado? Ninguém pegou em arma. Não havia arma alguma. Querem enquadrar Bolsonaro em depredação de patrimônio público? Isso é impossível. Ele estava nos Estados Unidos, não quebrou um copo, não fez nada. É uma forçação de barra. No Senado, percebo esse sentimento de que Moraes foi longe demais. Todo mundo está consciente dessa situação. A anistia não é para o Jair Bolsonaro, mas para as pessoas que estão presas até hoje.


Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado, em sessão conjunta com o Congresso Nacional (20/3/2025) | Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Sarah Peres - Revista Oeste

'Ainda estou aqui', por Rodrigo Constantino

Comunistas não são capazes de empatia. Fazem filmes bonitinhos para se venderem como vítimas, mas são os verdadeiros algozes 


Ilustração: Shutterstock


No dia 4 de janeiro de 2023, às 7h18 da manhã, recebi um e-mail de Francisca Maria Bonifacio Medeiros, escrivã da Polícia Federal. Ela dizia: “De ordem encaminho a decisão anexa, que determina a aplicação de multa diária e agendamento de audiência a fim de prestar esclarecimentos acerca dos fatos apontados no documento”. 

Tratava-se de uma decisão do ministro Alexandre de Moraes relativa ao Inquérito nº 4.781, sob sigilo, exigindo minha censura em diversas redes sociais, o afastamento do meu sigilo bancário e o congelamento de minhas contas, bem como o cancelamento do meu passaporte. Também fui intimado para uma oitiva, da qual aceitei participar mesmo sem recebê-la pelos devidos mecanismos legais, já que morava fora do país, o que exigiria uma carta rogatória. 

A peça acusatória não passa de uma coletânea de postagens inofensivas minhas no Twitter, e por isso mesmo já cansei de solicitar ao relator Alexandre de Moraes que torne toda a “investigação” pública. 

Mas o caso segue sob sigilo, e lá se vão mais de dois anos sob censura prévia, sem acesso ao meu dinheiro conquistado com muito trabalho em meu país e sem meu passaporte brasileiro. Um jornalista calado na marra, em suma, por criticar a postura do STF.


Ilustração: Nao Novoa/Shutterstock


O jornalista do sistema, Ricardo Noblat, que desfruta de fins de semana com ministros supremos, produziu involuntariamente uma piada pronta quando escreveu: “Eleições livres, liberdade de expressão, Judiciário investigando e condenando quem ataca a democracia: isso é ditadura para o bolsonarismo”. Logo abaixo aparecia a seguinte mensagem no lugar de uma resposta que publiquei: “Essa postagem de @RConstantino foi retida no Brasil como resposta a uma demanda legal”. 

Qual não foi meu espanto, portanto, ao ouvir o presidente da Câmara, Hugo Motta, repetir a ladainha oficial de que não tivemos vozes caladas à força, assim como não temos presos políticos nem exilados políticos no Brasil? Isso foi dito, não custa lembrar, logo depois de um jantar promíscuo na casa do próprio Alexandre de Moraes, que contou com a presença também de Alcolumbre, presidente do Senado, e de outros ministros supremos. Ou seja, o partido que deu o golpe de verdade em nossa democracia! 

Meu caso está longe de ser isolado. Somos vários jornalistas perseguidos pelo “crime de opinião”, tanto que, quando o governo brasileiro exige a extradição de Allan dos Santos ou Oswaldo Eustáquio, esbarra na ausência de crimes concretos e recebe a negativa dos governos americano e espanhol. A Interpol também ignora as demandas alexandrinas. Temos Daniel Silveira preso por um vídeo, “flagrante perpétuo”, mesmo com imunidade parlamentar. Temos cabeleireira presa por usar um batom numa estátua, escrevendo uma frase que só é problemática na boca de ministro supremo. Temos muito mais! 


Deputado Daniel Silveira sendo obrigado a colocar a tornozeleira eletrônica | Foto: Reprodução


A revista Crusoé foi censurada quando se aproximou do “amigo do amigo do meu pai”, Dias Toffoli, o ex-advogado petista. A Brasil Paralelo foi censurada antes mesmo de divulgar um documentário sobre o STF, e Cármen Lúcia admitiu que era censura, mas era uma “censura do bem”, pelo visto. A Gazeta do Povo, um jornal centenário, não teve liberdade de publicar reportagens sobre os elos históricos entre Lula e ditadores comunistas durante a campanha eleitoral. A Jovem Pan foi perseguida de forma implacável e demitiu vários comentaristas, eu entre eles, por pressão direta do TSE. Os “jagunços” alexandrinos tiveram que usar a “criatividade” para pegar algo da Revista Oeste, em vão. 

Eu poderia ficar o dia inteiro apontando aqui abusos supremos, ilegalidades cometidas, perseguições políticas, mas não é preciso: qualquer brasileiro minimamente atento sabe o que está acontecendo no país, conhece o absurdo caso de Filipe Martins, e compreende que a escolha de Eduardo Bolsonaro de permanecer nos Estados Unidos foi prudente, pois Alexandre de Moraes já havia confessado aos seus “jagunços” que queria pegá-lo de qualquer jeito. 

Parecia impossível para alguns, mas o Brasil já está muito perto de virar uma Venezuela. Se a esperança era que o próprio sistema recuasse voluntariamente, para evitar o alto custo dessa trajetória, as falas de José Sarney, Hugo Motta e Alcolumbre representam uma ducha de água fria. Já somos uma ditadura, e a eventual prisão de Jair Bolsonaro num julgamento completamente político será a coroação final desse sombrio episódio de nossa história. 

Jair Bolsonaro | Foto: Alan Santos/PR

A esquerda gosta de bancar a vítima durante o regime militar, com seus autoexilados, artistas como Chico Buarque, que optou pela vida na Europa. Ela ignora aquilo que os arquivos do caso JFK revelam agora e que já era amplamente conhecido: nossos comunistas não lutavam por democracia coisa alguma, mas por uma ditadura totalitária nos moldes soviéticos ou chineses. Mao Tsé-Tung e Fidel Castro bancavam a turma de Brizola, Dirceu e companhia para dar um golpe. Nossos militares impediram uma revolução comunista na década de 1960. 

Filipe Martins Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes Polícia Federal (PF) 9 comentários Assine ou cadastre gratuitamente para comentar Esses comunistas foram depois anistiados, tomaram o poder, o que é diferente de vencer eleição, e hoje se negam a anistiar aqueles que não cometeram quaisquer crimes reais, muito menos de terrorismo ou atentado contra o Estado de Direito. Comunistas não brincam em serviço e não são capazes de empatia. Fazem filmes bonitinhos para se venderem como vítimas, mas são os algozes. As verdadeiras vítimas somos nós, o povo brasileiro esfolado por um sistema podre, carcomido e corrupto ao extremo. 

Mas ainda estamos aqui! 

Rodrigo Constantino - Revista Oeste

'A pseudogeração de energia verde — parte I' - por Eduardo Felício

 A justificativa do uso de tais fontes de geração de abastecimento se baseia na hipótese do famoso 'aquecimento global'

Imposto serviria para financiar transição para fontes de energia verde | Foto: Divulgação


A cada dia que passa, mais informações aparecem, sobre o embuste que nos assolou nos últimos 20 anos que envolve a tal geração de energia renovável, especialmente as obtidas por moinhos eólicos e painéis solares em grande escala, tanto elétricos quanto térmicos. Recentemente, o jornal Zero Hedge publicou um resumo dos fracassos verificados nos Estados Unidos (EUA), não só do que envolve a geração propriamente dita, mas também sobre os danos colaterais observados na natureza, contrariando a proposta inicial em serem “amigáveis ao meio ambiente”. Ao mesmo tempo, as ações realizadas no ramo energético pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em seu segundo mandato, trazem a esperança de que a ruína da fraude energética desponte no horizonte. 

A justificativa do uso de tais fontes de geração de energia elétrica se baseia na hipótese do “aquecimento global”, na qual a suposta ausência de emissões de CO na geração contribuiria para “estabilizar” a temperatura do planeta, fato esse nunca verificável na avaliação dos registros climáticos geológicos e glaciais, entre outros. Todos os outros fatores considerados “ambientais” desta geração são completamente disfarçados, não comentados ou simplesmente omitidos, como, por exemplo, o impacto ambiental da própria construção das estruturas que envolvem geradores eólicos, suas pás e os materiais dos painéis solares, desconsiderando a própria descaracterização visual das paisagens. 

Entre os mais graves temos os que envolvem os espelhos solares, um tipo de usina constituída por um vasto campo de espelhos móveis que concentram os raios solares em um ponto focal, em que se situa um reservatório térmico contendo água. Uma vez aquecida, a água evapora e, sob pressão, faz circular uma turbina que, acoplada a um gerador, passa a fornecer energia elétrica. 

É o exemplo do Sistema de Geração de Energia Solar Ivanpah, na Califórnia. Além de gerar pouquíssima energia, tornou-se uma verdadeira “frigideira de pássaros”, conforme editorial do Wall Street Journal, de 2014 no qual destacava que o empreendimento, financiado pelos contribuintes, virou um verdadeiro inferno para os animais locais. No caso em questão, qualquer objeto que passar apenas próximo das linhas de concentração será imediatamente incinerado. 

Até o ano passado, ou seja, em dez anos de operação, estimou-se que centenas de milhares de aves foram mortas ao circularem perto da usina. A taxa de mortalidade dos pássaros beirava a um abate a cada dois minutos. Considerando um período diurno de 50% das horas de um dia, como média entre inverno e verão, chega-se a um número aproximado de 1,31 milhão de aves mortas durante a última década, sendo bastante conservador. 

Não eram apenas as aves que se queimavam, mas também as finanças dos usuários do sistema, que tiveram de desembolsar muito dinheiro para pagarem as suas contas de eletricidade, a fim de sustentar os projetos mirabolantes de geração de energia implementados da era do ex-presidente Barack Obama e sua sanha ilusória em seguir a agenda ambientalista-climática. 

Mike Shedlock, especialista em finanças e macroeconomia, lembrou que os governos não reconhecem seus fracassos, muito mais nessa área que envolve o tema ambiental, quando a “solução” torna-se drasticamente muito pior que o suposto problema. 

Assim, o próprio mercado, desde que não seja obrigado por força de leis, especialmente as toscas elaboradas por políticos corruptos ou semialfabetizados, acabará por derrubar os embustes. 

Aparentemente, as contas deverão se acertar agora, em 2025, provavelmente também devido à Ordem Executiva “Liberando a Energia Americana” editada por Trump, pois criou um efeito bombástico na agenda ambiental-climática no tocante à geração de energia, exploração de recursos minerais e petróleo, entre outros pontos.

Segundo um editorial do Las Vegas Review-Journal, a Pacific Gas & Electric, uma importante concessionária da Califórnia já anunciou que não renovará sua compra de cota de energia da citada usina solar de Ivanpah. Assim, sem recursos financeiros futuros, duas das suas três torres serão desativadas até início de 2026, deixando poucas esperanças de que a terceira permaneça em atividade. 

A jornalista Emerson Drewes, quando ainda no corpo editorial da Review-Journal, relatou que as autoridades federais do Serviço sobre a Pesca e Vida Selvagem (U.S. Fish and Wildlife Service) disseram que a usina de Ivanpah atuava como uma “mega-armadilha” para a vida selvagem. Conforme os especialistas, a luz brilhante dos espelhos acabava atraindo muitos insetos que, por sua vez, atraíam os pássaros insetívoros. Quando eles voavam para caçá-los eram incinerados pelos raios de luz solar altamente focados. 

A média de dois pássaros mortos por minuto foi tirada pelos investigadores federais simplesmente observando a incineração instantânea das aves, sinalizada por uma coluna de fumaça ao redor dos espelhos, quando inspecionaram as instalações há cerca de dez anos. Os trabalhadores locais chegaram a apelidar as ocorrências de serpentinas (streamers) de tão comum a sua constatação. 

Quanto ao desempenho energético, Ivanpah provou ser tão ruim que a Pacific Gas & Electric exerceu seu direito de rescindir o contrato, cujas negociações já foram concluídas, selando consequentemente o destino das duas torres geradoras alocadas para essa companhia no próximo ano. A Edison Electric também expressou sua vontade de desistir, pois entrou em negociações permanentes com os proprietários do projeto, com o pessoal do governo federal, discutindo o término do seu contrato com a concessionária, aproveitando certamente a onda da Ordem Executiva de Trump.

O embuste ambiental-climático vem cobrando a sua conta ano após ano, quando a todo o momento, outro empreendimento deste tipo entra em operação, causando prejuízos monumentais, muito mais significativos em longo prazo. Isso extermina de vez a conversa fiada de que tais sistemas se pagariam “no decorrer dos anos”, tornandose uma prática financeira comum e até mais barata que as convencionais. Pelo contrário, os custos operacionais e a pouca geração de energia firme causaram escassez e sobrepreço no mundo inteiro onde se teimou aplicar esta porcaria.

Não vemos os ambientalistas “chapa-branca” reclamando das centenas de milhares de pássaros que claramente foram mortos nessa farsa que nunca foi lucrativa, mesmo com subsídios. Esse ainda é outro ponto a se elencar, pois o disfarce de sucesso de tais empreendimentos elétricos está na sua carga altamente subsidiada com dinheiro público aplicado pelos Estados, como é o caso dos EUA, cuja nova administração deixou explícito que vai averiguar e cancelar cada uma delas. Trata-se, outra vez, de mais um experimento que apenas visa repasse de dinheiro público a instituições privadas, alegando-se supostos ganhos ambientais. 

No Brasil não é diferente, pois quando o dinheiro não vem do governo de forma direta, sai do BNDES, onde os recursos são aplicados na sustentação dessa máquina de baixo rendimento, representada pelos parques eólicos e fazendas solares. Na parte operacional, os altos custos de geração fazem os preços subirem vertiginosamente. 

No próximo bloco, discutiremos mais sobre as mudanças na geração de energia nos EUA e como há sinais de que os ventos têm mudado para melhor, mas não para a eólica.  


 Eduardo Felício - Revista Oeste

Trump manda suspender ‘privilégios’ de Biden, Kamala e Clinton

 Fora do governo, políticos deixam de contar com serviços e acessos exclusivos


Donald Trump: bloqueio ao acesso de informações confidenciais | Foto: Reprodução/Redes sociais 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, emitiu um memorando na noite de sexta-feira, 21, revogando principalmente as autorizações de segurança e o acesso a informações confidenciais para políticos que não fazem mais parte do governo. 

A lista inclui Kamala Harris, Hillary Clinton, Joseph R. Biden Jr. e “qualquer outro membro da família de Joseph R. Biden Jr.”. 

Trump já havia declarado em fevereiro que pretendia remover o acesso de seu antecessor a resumos de inteligência confidenciais. Alguns analistas entendem a medida como uma espécie de retaliação. Isso porque Biden havia feito o mesmo com Trump depois de o republicano deixar o cargo nos dias seguintes ao ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio. 

Trump confirma previsões Diversas figuras que em algum momento entraram em conflito com Trump tiveram seus nomes presentes no memorando de sexta-feira. Algumas delas receberam citações de autoridades do governo Trump como pessoas que teriam suas autorizações de segurança revogadas. Assim, tais inclusões no documento não foram uma surpresa. 

Entre os citados estavam os dois principais responsáveis pela aplicação da lei em Nova York: Letitia James (procuradora-geral do estado) e Alvin L. Bragg (promotor distrital de Manhattan), ambos envolvidos em processos contra Trump.




Também ganharam menção figuras de destaque do primeiro processo de impeachment contra Trump, em 2019. Na época, cogitou-se a hipótese do republicando ter tentado pressionar a Ucrânia a encontrar informações comprometedoras sobre Biden. 

Os nomes incluídos no memorando de sexta-feira foram: Fiona Hill, especialista em política externa que testemunhou nas audiências de impeachment; Alexander Vindman, tenente-coronel que também testemunhou; e Norman Eisen, advogado que supervisionou o processo de impeachment. 

Além disso, o documento incluiu os dois únicos republicanos que participaram do Comitê Seleto da Câmara que investigou o ataque de 6 de janeiro: Liz Cheney e Adam Kinzinger.

Revista Oeste

'Outra Coisa', Revista Oeste - com Guilherme Fiuza, Nívea Kalma e Pedro Almeida