quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado aposta em Trump para 'salvar democracia'

Ela ssugere sanções dos Estados Unidos ao país comandado por Nicolás Maduro


 

María Corina Machado, opositora ao ditador da Venezuela: incomunicável com a imprensa desde setembro - Foto: Center for Strategic and International Studies/Flickr 


María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, compartilhou, em entrevista ao New York Times, sua experiência de viver na clandestinidade. Ela descreveu essa situação como um “teste difícil” e apontou que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, poderia conquistar uma significativa “vitória na política externa” se conseguisse remover Nicolás Maduro do poder. Machado se tornou a voz de uma oposição vigorosa contra o regime de Maduro. Ela teve que se esconder dentro da Venezuela depois das eleições de 2023, que considerou fraudulentas. Seu nome está na mira do governo, que ameaça prendê-la. 

O Ministério Público, controlado pelo chavismo, investiga suas ações. + Leia mais notícias de Mundo em Oeste Corina tem se reunido virtualmente com ministros estrangeiros e organizações de direitos humanos. Ela pede que a comunidade internacional reconheça o triunfo de seu candidato nas eleições de julho, Edmundo González. Segundo cálculos da oposição, ele obteve uma vitória clara. Nicolás Maduro proclamou vitória imediatamente depois das eleições, mas não apresentou provas para sustentar sua alegação. A oposição coletou evidências, como as atas das urnas de mais de 80% das seções eleitorais.

Esses documentos indicam que González conquistou cerca de 70% dos votos. Contudo, diante da repressão brutal e da ameaça de prisão, González fugiu para a Espanha em setembro. Para María Corina, a situação representa uma oportunidade para Trump conquistar uma vitória externa. Ela acredita que, ao pressionar Maduro, ele poderia negociar sua saída, visto o enfraquecimento do regime. María Corina acredita que o momento atual é único. Maduro está isolado internamente, perdeu apoio popular e seus aliados estão cada vez mais distantes. 

Ela também destacou o poder que os EUA têm para aumentar a pressão sobre o regime. Opositora a Maduro sugere sanções dos EUA à Venezuela Uma possível revisão das sanções implementadas sob Joe Biden e a busca por novas acusações contra o governo de Maduro poderiam ser partes dessa estratégia. María Corina, que tem uma relação de longa data com o senador Marco Rubio, elogiou sua escolha para o cargo de secretário de Estado de Trump. Ela citou a postura firme dele contra os regimes autoritários da América Latina.

Embora a abordagem anterior de Trump, que envolvia amplas sanções e apoio a Juan Guaidó, não tenha surtido efeito, María Corina acredita que, agora, Maduro está mais vulnerável. O autocrata perdeu apoio dentro de seu próprio partido, enfrentou fraturas com líderes regionais e, para se manter no poder, intensificou a repressão contra seus opositores.

María Corina continua sendo uma figura central na oposição venezuelana. Sua ascensão política começou com sua liderança na Súmate, uma organização de direitos dos eleitores, e com seu trabalho incessante contra os regimes de Chávez e Maduro. Em 2023, ela obteve uma vitória significativa nas primárias da oposição, mas teve sua candidatura barrada pelo governo. Edmundo González assumiu seu lugar na eleição. María Corina se tornou um símbolo de resistência. Ela prometeu restaurar a democracia e reconstruir o país devastado pela crise política e econômica.

Atualmente, vivendo escondida e longe de seus filhos, María Corina continua sua luta pela democracia. Ela pede que a comunidade internacional faça sua parte para pressionar Maduro. Ela pede apoio dos EUA, enfatizando que a queda de Maduro é essencial para a segurança hemisférica. O regime de Maduro tem laços estreitos com países como Rússia, Irã e China.  


Revista Oeste

J.R Guzzo - O STF alimenta mais uma vez a fantasia de golpe no Brasil

 Existe hoje a criminalização do ato de pensar — por decisão do Supremo, da Polícia Federal e da porção da mídia que reproduz mecanicamente o que ambos lhes entregam para publicar


Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso se abraçam em lançamento do livro 'Controle de Constitucionalidade – Aspectos jurídicos e políticos', de Gilmar | Foto: Fellipe Sampaio/STF 


Publicado no jornal O Estado de S. Paulo 


Uma das novidades da vida cotidiana no Brasil de hoje é o dever quase-legal de acreditar num absurdo por dia. São coisas que dizem com a cara, a formalidade e a segurança de um texto do Diário Oficial, e que não fazem nenhum nexo por qualquer tipo de raciocínio lógico — mas nas quais o cidadão é obrigado a acreditar, sem perguntar nada, sob pena de incidir nos delitos de “fascismo”, “nazismo”, “ato contra a democracia”, “extrema direita”, “golpismo” e “negacionismo” 

É a criminalização do ato de pensar — por decisão do STF, da Polícia Federal e da porção da mídia que reproduz mecanicamente o que ambos lhes entregam para publicar. Você tem de acreditar, por exemplo, que um tubo de batom é “substância inflamável”; Alexandre de Moraes escreveu isso. Houve uma tentativa de golpe armado, com estilingues e bolas de gude, em 8 de janeiro de 2023. O mesmo ministro diz que foi agredido no aeroporto de Roma, mas o STF mantém em sigilo há mais de um ano as imagens gravadas do episódio. - o PT ficou com menos de 5% das prefeituras e o candidato de Lula foi incinerado em São Paulo, mas isso é porque ele “se preservou”. 

Em economia está decidido que um crescimento de 3% ao ano, igual ao do último ano do governo anterior, é “robusto”. Em conduta, a mulher do presidente dirige palavras de baixo calão a Elon Musk, mas é ele quem propaga o “discurso do ódio”. A conferência do G20 ora encerrada no Rio de Janeiro, e que deveria ser a obra prima da política externa de Lula, acabou com um dos ouça este conteúdo readme 1.0x 20/11/2024, 20:15 J. R. Guzzo: 'O STF alimenta mais uma vez a fantasia de 'golpe' no Brasil' https://revistaoeste.com/politica/o-stf-alimenta-mais-uma-vez-a-fantasia-de-golpe-no-brasil/ 

A conferência do G20 ora encerrada no Rio de Janeiro, e que deveria ser a obra prima da política externa de Lula, acabou com um dos comunicados mais indigentes na história do grupo — uma sopa de palavras tão aguada, e tão inútil, que ninguém achou motivo para vetar nada no texto. Mas a alternativa era não sair nem isso, o que parece ter deixado o Itamaraty em princípio de pânico. Como, no fim, arrumou-se alguma coisa para colocar no papel, a verdade oficial é que a diplomacia brasileira deu um show.

O STF proibiu perguntas no país A última obrigação expedida pelo ministro Moraes e a PF estabelece que se leve a sério uma “Operação Punhal Verde-Amarelo” — um segundo golpe de Estado de Jair Bolsonaro contra Lula, ou a continuação do primeiro, que já está sendo investigado há quase dois anos, por outros meios. Não parece claro se é uma coisa ou outra, mas a principal novidade é que Lula, nesta versão, seria envenenado. Moraes, que antes seria executado na estrada que vai de Brasília à Goiânia, continua da lista de assassinatos dos golpistas. Iam matar, também, Geraldo Alckmin — coisa que jamais passou pela cabeça de ninguém até hoje. 

No golpe como ele era até agora, segundo Moraes e a polícia, a prova mãe era a “delação premiada” do coronel Cid e as suas “minutas do golpe”. A delação, aparentemente, não está valendo mais; nem o  ministro e nem a PF estão satisfeitos com ela. As “minutas” não serviriam como prova nem num júri de centro acadêmico. Se o ministro Toffoli decidiu que confissões voluntárias de corrupção ativa são “imprestáveis”, por que as minutas do coronel seriam prestáveis? As provas da polícia, agora, são “conversas entre militares”.

O que a PF mostrou para os jornalistas até agora é uma maçaroca de diálogos idiotas e de orações sem verbo, sujeito, predicado, começo, fim e, sobretudo, sem pé nem cabeça — algo no nível do “quem tomar vacina pode virar jacaré” e outros grandes momentos do governo Bolsonaro. Como iriam envenenar Lula? Com formicida? Não está claro quantos militares tomariam parte no golpe. “Já temos uns vinte”, diz um dos denunciados pela PF. E os outros 220 mil homens que estão no efetivo do Exército? A verba total para financiar o golpe era de R$ 100 mil, diz a polícia. Nem o ministro Moraes e nem a PF demonstraram que essas conversas e desejos formam um plano coerente de golpe, e menos ainda de tentativa real de golpe. Talvez sejam o que se chamam de “atos preparatórios” do desejo de cometer um crime, se ficar provado que conseguiriam mesmo preparar alguma coisa. Mas “atos preparatórios”, na lei brasileira, não são nada. Não foi demonstrada, menos ainda, qual poderia ter sido a participação do maior suspeito da PF e de Moraes nesse golpe — Bolsonaro.

Não há nenhuma declaração gravada de algo que ele tenha dito, ou algum papel assinado, ou uma mensagem de WhatsApp. Tudo o que existe, segundo a PF, é gente falando a respeito de Bolsonaro — e principalmente a respeito do que ele não disse. Mais do que qualquer outra coisa, talvez, você está intimado a considerar que o expresidente é o grande culpado por trás disso tudo, só que não está preso. Se o ministro e a polícia estão certos de que o responsável é Bolsonaro, ou gatos gordos como o general Braga, por que eles estão soltos? 

A incompetência das investigações chega ao ponto de trabalharem num caso durante dois anos e não levantarem prova alguma que fique de pé? Não há nada, pelo menos, que o STF tenha considerado suficiente até agora para prender Bolsonaro. Caso contrário, é óbvio que ele estaria na cadeia, não é mesmo? São dúvidas formalmente proibidas para o cidadão brasileiro. A democracia recivilizada do Brasil estabeleceu que é ilegal perguntar. 

Revista Oeste

A Arte da Crítica Humorística com OiLuiz no Podcast Café com Ferri

Fernão Lara Mesquitra - A trama golpista e a posse de Xi-Jinping na presidência do Brasil

STF condena mais 14 réus do 8 de janeiro que não firmaram 'acordo' com a PGR

Os ministros Nunes Marques e André Mendonça votaram para absolver os manifestantes presos no Quartel-General do Exército


Sessão de abertura dos trabalhos do Judiciário — 01/02/2024 | Foto: Ton Molina/Estadão Conteúdo


No julgamento do plenário virtual encerrado na segunda-feira 18, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou mais 14 réus do 8 de janeiro que rejeitaram o acordo de não persecução penal (ANPP) oferecido pela Procuradoria-Geral da República (PGR). 

O ANPP é oferecido apenas aos manifestantes presos em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Apenas os ministros Nunes Marques e André Mendonça divergiram da maioria e votaram para absolver os manifestantes. 

Conforme estabeleceu o STF, as penas foram fixadas em um ano de detenção, substituída por restrição de direitos, pelo crime de associação criminosa (artigo 288, caput, do Código Penal), e multa de 10 salários mínimos por incitação ao crime (artigo 286, parágrafo único, do CP), por estimularem as Forças Armadas a tomar o poder. Pena imposta a condenados pelo 8 de janeiro.


Reprodução

Os manifestantes condenados terão ainda de cumprir as seguintes determinaçoes: 

225 horas de prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas; • Participação presencial no curso “Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado”; • Proibição de se ausentar da comarca de residência e de usar redes sociais; • Retenção dos passaportes até a extinção da pena. 

A condenação também prevê a revogação do porte de arma dos que eventualmente o tenham. Além disso, os réus dividirão a indenização por danos morais coletivos, no valor mínimo de R$ 5 milhões, com outros condenados.


Informações de Cristyan Costa, Revista Oeste

'Faroeste à Brasileira' - Revista Oeste Tiago Pavinatto e convidados expõem o submundo do 'cartel lula-janja-stf', que tenta enterrar o Brasil...

'Oeste Sem Filtro' - Revista Oeste - Augusto Nunes, Ana Paula Henkel, Silvio Navarro, Adalberto Piotto e Paula Leal mostram as ações do 'cartel lula-janja-stf' para enterrar defitivamente o Brasil