O recado do presidente Donald Trump ao Brasil e ao mundo vai muito além da sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto
A semana no Brasil foi dominada por um único tema: a mensagem contundente do presidente Donald Trump, expressa por meio de tarifas pesadas, de que a perseguição política implacável do Supremo Tribunal Federal (STF), liderada pelo ministro Alexandre de Moraes, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores não será tolerada.
A esquerda brasileira, alinhada à ditadura chinesa e aos aiatolás iranianos, reagiu com indignação, gritando que o Brasil de Luiz Inácio Lula da Silva “não aceitará interferência estrangeira”. As tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto, podem golpear a economia do país, mas o recado de Trump transcende a questão comercial: é uma advertência contra a deriva autoritária do Brasil e a ascensão do totalitarismo global.
O mundo, que vinha sendo sufocado pela sanha censora dos globalistas e sua nova ordem mundial, agora enfrenta um novo xerife comprometido com a restauração da liberdade, da justiça e dos valores ocidentais. As tarifas impostas ao Brasil, como um remédio amargo, podem reacender o compromisso com os pilares democráticos que o Brasil e os Estados Unidos, em seus melhores momentos, sempre defenderam. Ambas as nações encarnam oportunidade e liberdade, mas hoje o mundo testemunha uma divergência preocupante, especialmente na liderança do Brasil sob o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Suas provocações contra os Estados Unidos, seu alinhamento com regimes autoritários e seu papel na retórica antiamericana do Brics ameaçam não apenas os interesses dos EUA, mas os valores da civilização ocidental.
Donald Trump nunca recuou diante de decisões ousadas, e suas tarifas recentes são prova disso. Ainda no domingo, 6 de julho, durante a cúpula do Brics no Rio de Janeiro, ele anunciou uma tarifa adicional de 10% sobre qualquer país alinhado às “políticas antiamericanas do Brics”. Três dias depois, em 9 de julho, elevou a aposta com uma tarifa de 50% sobre as importações brasileiras, citando a perseguição a Jair Bolsonaro e uma relação comercial “injusta e não recíproca”.
Esses movimentos são clássicos do negociador Trump: estratégicos, confrontacionais e projetados para forçar adversários a negociar. Além do recado aos ditadores, as tarifas são a alavanca de Trump para corrigir desequilíbrios comerciais. Em 2024, o déficit comercial dos EUA atingiu US$ 971 bilhões, com o Brasil contribuindo significativamente por meio de exportações como café, suco de laranja e produtos industriais como aviões da Embraer. A tarifa de 50% já abalou a economia brasileira: o real desvalorizou-se mais de 2% em relação ao dólar, e empresas como Embraer e Petrobras já perderam valor de mercado. Para os brasileiros, isso pode significar aumento de preços e perda de competitividade.
As tarifas não são apenas sobre comércio — é uma repreensão direta ao Brasil para políticas que minam os interesses dos EUA e os valores ocidentais. Em uma carta a Lula, publicada no Truth Social, Trump acusou o Brasil de atacar a liberdade de expressão, comparando a “caça às bruxas” contra Bolsonaro às suas próprias batalhas contra perseguições políticas nos EUA (leia o artigo de Silvio Navarro nesta edição).
As provocações de Lula
Lula tem desafiado os Estados Unidos desde a vitória de Trump em 2024. Durante a campanha presidencial, ele endossou Kamala Harris, ignorando a diplomacia e os históricos laços comerciais e de amizade entre Brasil e EUA. A vitória esmagadora de Trump revelou Harris como uma figura desconectada dos valores e lutas dos americanos, tornando o apoio de Lula um erro diplomático. Pior ainda, Lula declarou que a eleição de Trump marcaria o “retorno do fascismo”, um uso leviano de um termo com profundo peso histórico, que banaliza o sofrimento causado por regimes fascistas reais.
Essas palavras não foram apenas retórica vazia; foram um desafio direto. Na cúpula do Brics, Lula intensificou sua postura, ao comparar o grupo ao Movimento dos Não Alinhados da guerra fria e defender uma ordem mundial multipolar que reduz a influência dos EUA. O presidente do Brasil ainda permanece em seu acampamento cheirando a naftalina ao lado do Muro de Berlim.
Sua proposta mais provocadora foi a criação de uma moeda do Brics para substituir o dólar como reserva global. Em 2023, Lula sugeriu uma moeda comum sul-americana, e na reunião do Brics de 2024, antes da eleição de Trump, a Rússia propôs reavaliar o papel do dólar, e Vladimir Putin culpou Lula pela ideia de jerico.
Trump respondeu com rapidez e firmeza. Em novembro de 2024, ele declarou que qualquer nação do Brics que perseguisse uma moeda rival enfrentaria tarifas de 100% e perderia acesso ao mercado americano. Essa não é uma ameaça vazia — é uma defesa do dólar como pilar do comércio global, beneficiando não apenas os EUA, mas aliados que dependem de sua estabilidade. A insistência de Lula na desdolarização é uma aposta arriscada, que alinha o Brasil com nações que rejeitam os valores ocidentais.
Brasil, Brics e uma ponte para o autoritarismo O Brics — Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e novos membros, como Irã e Indonésia — apresenta-se como defensor do Sul Global. Sob Lula, porém, o Brasil tem se afastado dos valores de liberdade e democracia que marcaram sua história.
O presidente aprofundou laços com a China, um regime comunista que mantém campos de concentração para uigures (Janja chegou a pedir ajuda ao ditador chinês para implementar a censura no Brasil), e com o Irã, um Estado teocrático que financia o terrorismo global. E o alinhamento de Luiz Inácio não é apenas ideológico — é econômico. A China, maior parceiro comercial do Brasil, exerce imensa influência, comprando soja e minerais brasileiros enquanto promove o yuan como moeda de comércio sob manipulação cambial do governo ditatorial.
A inclusão do Irã no Brics, defendida por Lula, eleva um regime que oprime seu povo e desestabiliza o Oriente Médio. Essas parcerias corroem os valores de eleições livres e liberdade de expressão que o Brasil e os EUA historicamente defenderam.
Durante a cúpula do Brics no Rio, o grupo condenou os ataques dos EUA e de Israel às instalações nucleares iranianas, chamando-os de “violação do direito internacional”. Essa postura não é neutra — é uma rejeição do direito dos EUA de protegerem seus interesses e aliados.
O apoio de Lula ao Irã, em particular, é alarmante, e o papel do Irã no Brics reforça a gravidade das tarifas de Trump. O regime dos aiatolás é inimigo declarado dos EUA desde a Revolução Islâmica de 1979, que logo no início manteve 52 diplomatas americanos reféns por 444 dias na embaixada americana em Teerã. Essa crise, uma humilhação nacional, galvanizou a vitória de Ronald Reagan em 1980 e destacou a hostilidade do Irã à América. Hoje, o país financia grupos terroristas como Hezbollah e Hamas, alvejando americanos e aliados em todo o mundo. Suas ambições nucleares ameaçam a estabilidade global — e o Brasil de Lula está de mãos dadas com essa cartilha nefasta.
Irã: o maior inimigo dos EUA
O papel do Irã no Brics sublinha por que as tarifas de Trump fazem
parte de uma luta mais ampla. Desde 1979, o Irã é o adversário mais
persistente dos EUA, desde a crise dos reféns até seu atual financiamento de terrorismo antiamericano. O calvário de 444 dias
em Teerã não foi apenas um fracasso diplomático — foi o primeiro
alerta sobre os perigos de regimes totalitários.
A eleição de Reagan, impulsionada pela indignação com o manejo da crise pelo presidente Jimmy Carter, marcou um ponto de inflexão, restaurando a determinação americana e estabelecendo um precedente de que toda e qualquer arma, militar, diplomática e econômica, será usada contra o novo Eixo do Mal.
Hoje, as ações do Irã não são menos audaciosas. Ele fornece drones à Rússia para uso na Ucrânia, apoia milícias que atacam tropas americanas e insiste na obtenção de armas nucleares em desafio às sanções internacionais. O recente ataque dos EUA às instalações nucleares do Irã, ao lado de Israel, foi uma resposta necessária a essa ameaça. No entanto, o Brics, liderado por Lula, condenou esses ataques, alinhando-se com um regime que entoa “morte à América”. Apoiar essa premissa não é um afronte aos americanos apenas, é uma traição aos princípios que unem nações livres.
A administração de Trump, com o secretário de Estado Marco Rubio na vanguarda, deixou claro: os EUA não tolerarão regimes totalitários ditando os assuntos globais. Rubio, um defensor de longa data de sanções contra inimigos da liberdade, alvejou Irã, Venezuela e Cuba por seus abusos de direitos humanos e políticas antiamericanas.
Sua influência molda a postura linha-dura de Trump, desde tarifas até posturas militares, garantindo que nações como o Irã enfrentem consequências.
As tarifas de Trump sobre o Brasil e o Brics são mais do que ferramentas econômicas — são uma mensagem ao mundo de que os EUA defenderão sua soberania e valores. Seu apoio a Jair Bolsonaro, um aliado que defendeu mercados livres e resistiu a políticas esquerdistas, reflete esse compromisso. Bolsonaro é alvo de uma perseguição política liderada por Alexandre de Moraes e pelo STF, que Trump compara às tentativas de excluí-lo da corrida presidencial de 2024. Ao chamar isso de “caça às bruxas”, Trump sinaliza solidariedade com líderes que combatem o autoritarismo.
O Brasil, sob Lula, está em um caminho perigoso, tornando-se peão no jogo de China e Irã. As decisões do STF, como restrições a plataformas de mídia social, que Trump criticou como censura, tensionam ainda mais os laços com os EUA. As tarifas podem elevar preços — o Brasil fornece um terço do café e quase metade do suco de laranja consumidos nos EUA —, mas são um preço pequeno para responsabilizar nações que traem valores democráticos.
Lula respondeu às tarifas invocando “reciprocidade” e chamando Trump de “imperador”, mas erra o alvo. Os EUA não buscam dominância, mas justiça e fidelidade a princípios compartilhados. A administração de Trump estabelece um novo padrão: regimes totalitários não ditarão o futuro global.
É preciso enxergar além do Brasil. A lei e a ordem mundial estão de volta sob a administração firme de Donald Trump. O que está em jogo não é apenas uma guerra comercial, mas o futuro de um mundo liderado por ditaduras ou democracias. Trump, o xerife da liberdade, deu o tom. Cabe ao Brasil escolher seu lado.
Ana Paula Henkel - Revista Oeste