O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira, 14, em sua conta no Twitter que a China quer fazer um acordo comercial "grande e muito abrangente" com Washington. "Isso pode acontecer, e muito em breve!", acrescentou.
A publicação do republicano na rede social começa com uma referência aos indicadores econômicos da economia chinesa que vieram a público na madrugada desta sexta-feira. "A China acabou de anunciar que a sua economia está crescendo muito mais devagar que o previsto por causa da nossa Guerra Comercial com eles. Eles suspenderam aumentos de tarifas sobre importações dos EUA", escreveu o regente da Casa Branca. "Os EUA estão indo muito bem", concluiu.
Mais cedo, dados da indústria e do varejo da China não apenas mostraram crescimento mais fraco como vieram aquém das expectativas. A produção industrial subiu 5,4% na comparação anual de novembro, mas o resultado ficou bem abaixo do ganho de 5,9% visto em outubro e da previsão de analistas, que também era de alta de 5,9%.
No setor varejista, as vendas tiveram expansão anual de 8,1% em novembro, depois de aumentarem 8,6% em outubro. Neste caso, a projeção de economistas era de acréscimo de 8,8%.
Os temores de que a desaceleração da economia global esteja só começando e possa se aprofundar em 2019 foram reforçados ainda por índices de gerentes de compras (PMIs) da zona do euro e da Alemanha, igualmente abaixo das expectativas de mercado.
Em seu tuíte, Trump também mencionou a confirmação pelo Ministério de Finanças chinês de que suspenderá o aumento das tarifas sobre carros e autopeças americanos, que entre 1º de janeiro e 31 de março de 2019 serão reduzidas dos atuais 40% para 15%.
Nicholas Shores, O Estado de S.Paulo