quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Voto feminino em Bolsonaro dobrou desde agosto, segundo o Ibope

As intenções de voto do eleitorado feminino no candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, no Ibope dobraram desde agosto. De acordo com a última pesquisa do instituto divulgada nessa quarta-feira (realizada entre os dias 1 e 2 de outubro, com 3.010 entrevistados, com margem de erro de 2 pontos porcentuais e sob o registro BR-08245/2018), o candidato chega a 26% entre as mulheres. Há dois meses, esse índice era de 13%.
Ainda considerando só o eleitorado feminino, Fernando Haddad (PT) tem 22%, Ciro Gomes (PDT), 12%, Geraldo Alckmin (PSDB), 8%, e Marina Silva, 4%.
“O que percebemos é que as mulheres que hoje declaram voto ao Bolsonaro têm um perfil mais semelhante ao dos homens: renda mais alta, maior escolaridade e mais concentrado em Sul e Sudeste”, afirmou a diretora do Ibope, Márcia Cavallari, nesta quinta-feira, em entrevista à Rádio Eldorado.
Considerando todo o universo de eleitores, o candidato do PSL tem 32% e o petista Fernando Haddad, 23%.
Segundo Márcia, os resultados da pesquisa apontam para um provável segundo turno entre Bolsonaro e Haddad, considerando que não houve nenhuma movimentação mais significativa entre os outros candidatos. Além disso, o capitão tem 30% e o petista, 19% de intenção de votos na pesquisa espontânea (quando o nome dos candidatos não é apresentado), o que representa “um voto muito forte, muito consolidado”.
Uma vitória em primeiro turno de Bolsonaro, no entanto, seria mais difícil. “A possibilidade existe, mas é muito pequena”, disse Márcia. “Nos últimos dias o eleitor se movimenta mais, mas teria que ser uma movimentação muito brusca e em todo o país”, avaliou.

Ciro

A diretora do Ibope também explica por que, apesar de estar em terceiro nas intenções de voto, o candidato do PDT, Ciro Gomes, é o único que não empata tecnicamente com Bolsonaro no segundo turno. Apesar de serem os candidatos mais votados, Bolsonaro e Haddad são também os que têm maior rejeição, 42% e 37%, respectivamente. O candidato do PDT, por outro lado, tem 16% de rejeição, o que o ajuda na simulação de segundo turno.

Com Estadão Conteúdo