quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Após cirurgia, Bolsonaro é levado para UTI. Veja vídeo do ataque


Jair Bolsonaro é atendido por equipe médica - Reprodução


Após sofrer um ataque a faca durante um ato de campanha em Juiz de Fora, em Minas Gerais, o deputado federal Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência, passou por uma cirurgia na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, para reparar 'uma lesão por material perfurocortante na região do abdômen', segundo informações de sua assessoria. O candidato precisou também de uma transfusão de sangue. Ele deve ser transferido na sexta-feira para São Paulo.

A cirurgia terminou por volta das 19h, segundo assessores que acompanham o presidenciável no hospital. O quadro clínico do candidato é considerável estável e a expectativa de assessores próximos é a de que ele seja transferido na manhã desta sexta-feira para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele foi submetido a uma laparotomia, cirurgia que abre o abdômen do paciente desde o estômago, e chegou a entrar em choque e seu quadro só foi estabilizado durante a operação. Médicos afirmam que ele está internado no CTI.

A informação inicial era de que o ferimento havia sido superficial, mas exame indicou a suspeita de uma lesão no fígado. De acordo com informações da Globonews, no entanto, os médicos constataram que não houve lesão no fígado, mas no intestino grosso e no intestino delgado. Fontes ligadas ao hospital dizem que ele deu entrada na unidade em estado grave e instável, com a pressão arterial caindo rapidamente, em função da perda rápida de volume importante de sangue na cavidade abdominal.

No twitter, o deputado estadual Flavio Bolsonaro afirmou que seu pai, "chegou quase morto" ao hospital. O parlamentar, que é candidato ao Senado pelo Rio de Janeiro, havia dito anteriormente que o ferimento era superficial.

RECUPERAÇÃO PODE LEVAR SEMANAS

A facada sofrida por Bolsonaro atingiu a artéria mesentérica, que leva sangue da cavidade abdominal para o intestino, provocando diversas lesões na região. Durante a cirurgia, que costuma durar horas, os médicos controlam a hemorragia interna, mas novas infecções, que podem ocorrer até dias depois do incidente, não são descartadas. A recuperação pós-operatória pode se estender por semanas.

Bolsonaro estava sendo carregado por apoiadores quando foi atingido por uma faca e foi retirado do local. Ele saiu em um carro da Polícia Federal. Ao chegar ao hospital, fez um ultrassom, quando foi identificada a necessidade de cirurgia.

A Polícia Militar de Juiz de Fora informou que Adélio Bispo de Oliveira foi detido após o ataque. O suspeito mora em Montes Claros (MG) e atualmente está desempregado. Uma das últimas ocupações dele foi como servente de pedreiro, mas ele já trabalhou em cafeteria e hotel. Nas redes sociais, Oliveira é um crítico recorrente de Bolsonaro.


"Dá nojo só de ouvir que (sic) dizer que a ditadura deveria ter matado pelos uns 30 mil comunistas", escreveu ele em um dos posts mais recentes, em 1º de agosto.


A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para apurar o atentado ao candidato do PSL, que conta com o serviços de segurança da Polícia Federal. Entre os presidenciáveis, ele foi o primeiro a pedir reforço de segurança da polícia.

equipe de campanha admitiu dificuldade da Polícia Federal em fazer segurança do presidenciável. Além da aglomeração, Bolsonaro tem se mostrado imprevisível no meio da multidão. O candidato tem sido acompanhado nas agendas de campanha de perto por pelo menos dois policiais federais, além de seguranças pessoais. A Polícia Militar também dá apoio aos eventos para controlar os seguidores.


 

O Globo