quinta-feira, 4 de maio de 2017

Sobe para 36 o número de mortos em protestos na Venezuela de Maduro, comparsa da dupla corrupta Lula-Dilma

Com O Globo e agências internacionais


CARACAS — Um policial morreu na madrugada desta quinta-feira após ser baleado durante uma manifestação no estado de Carabobo na Venezuela, elevando para 36 o número de mortos nos protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro. Gerardo Barrera, de 38 anos, foi baleado durante uma mobilização no município de San Joaquín, segundo o Ministério Público.

Os protestos se intensificaram após Maduro convocar uma Assembleia Nacional Constituinte para reformar a Carta Magna do país, feita em 1999 pelo ex-presidente morto Hugo Chavéz. Ao menos seis pessoas morreram desde o anúncio do processo constituinte na segunda-feira.

Em meio ao aumento da violência, estudantes universitários convocaram novos protestos em diversos pontos do país para esta quinta-feira contra o que consideram parte de um golpe de Estado de Maduro. O entorno da Universidade Central da Venezuela, a maior e mais antiga do país, amanheceu rodeado por centenas de agentes das forças de segurança.

Na quarta-feira, foram registrados violentos confrontos entre policiais e manifestantes em diversos bairros do Leste da capital venezuelana, que deixaram dezenas de feridos e dois mortos. No total, os protestos já provocaram mais de 400 feridos e 1.708 detidos, dos quais 597 permanecem presos, segundo estimativas da ONG Foro Penal Venezuelano.

Ao defender a iniciativa de sua nova Constituição, Maduro disse pretender ampliar o sistema judicial, promover novas formas de democracia participativa e garantir a defesa da soberania e integridade da nação. O presidente venezuelano afirmou ainda que a Assembleia Nacional Constituinte será integrada por 500 membros, dos quais a metade será eleita pelos trabalhadores e as comunidades.

A oposição acusa Maduro de utilizar o processo constituinte para evitar as eleições de governadores, adiadas desde o ano passado, e as eleições de prefeitos, originalmente previstas para este ano. Os adversários de Maduro afirmam que permanecerão nas ruas até conseguir a convocação de eleições gerais, que se abra um canal humanitário para o ingresso de alimentos e medicamentos, que os presos políticos sejam libertados e que os grupos paramilitares seja desarmados.

A iniciativa do presidente foi questionada pelo secretário-geral da OEA, Luis Almagro, e pelos governos da Argentina, Brasil, Colômbia, Chile e Estados Unidos. A Venezuela enfrenta uma tensão política em meio a uma crise econômica com uma inflação de três dígitos e diversos problemas de escassez de alimentos e remédios.