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| Instalações do Palácio Tangará, hotel de alto luxo no Panamby |
Magé Flores - Folha de São Paulo
Por trás dos portões fechados, descendo uma rua, a imponente construção de estilo neoclássico reluz e, por dentro, ainda tem cheiro de nova.
Seus quatro andares abrigam os 141 quartos do hotel que promete ser o mais luxuoso de São Paulo, no Panamby, circundado pela mata do parque Burle Marx, na zona sul. O Palácio Tangará abrirá suas portas na próxima quarta-feira (10) com diárias que variam entre R$ 1.575 e R$ 38 mil, em 13 categorias —a suíte Royal, a mais luxuosa delas, tem 530 m2, sendo 230 deles só de terraço.
Pelo lobby, móveis e obras de arte brasileiros e arranjos com bananas, urucum, sementes de coco e folhas de costela-de-adão. Sobre uma das mesas, um exemplar da "Iconografia das Aves no Brasil".
Poucos caminham pelos corredores que levam ao spa, suas duas piscinas, as nove salas de reunião e de eventos (a maior delas recebe até 400 pessoas e tem diárias a R$ 85 mil), bares e o restaurante comandado por um chef estrelado. A maioria dos "hóspedes" são convidados que estão lá para dar suas impressões sobre o funcionamento antes da abertura oficial.
O Palácio Tangará é uma das "pérolas" da alemã Oetker Collection (do Le Bristol, em Paris, Lanesborough, em Londres, e Eden Rock, em St. Barths, no Caribe).
Para o principal restaurante do empreendimento, o grupo alemão nomeou o chef francês radicado nos EUA, Jean-Georges Vongerichten —da casa que leva seu nome, em Nova York, premiada com três estrelas pelo guia "Michelin".
| Gabriel Cabral/Folhapress | ||
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| O chef Jean-Georges Vongerichten, que está no Brasil para a abertura do restaurante |
Esse será o 35o restaurante de Jean-Georges no mundo e ele está em São Paulo com parte de sua equipe para fazer o treinamento dos funcionários que vão tocar a cozinha no dia a dia.
O cardápio do Tangará Jean-Georges reúne receitas bem internacionais com alguns toques brasileiros. "Elaborar o menu é um processo, de certa forma, simples. Em NY temos restaurantes de conceitos diferentes e o que fazemos quando viemos para cá é reunir o melhor deles. Então temos alguns pratos do Jean-Georges, do ABC Kitchen, do The Mark [algumas de suas casas], combinando com ingredientes locais", diz.
São receitas como tartare de atum com avocado, rabanetes e molho de gengibre (R$ 52), pizza de trufas e queijo fontina (R$ 62), camarão com curry verde e abobrinha (R$ 88) e carré de cordeiro com bolonhesa de cogumelos e brócolis (R$ 97).
Há também a opção de um menu-degustação com seis etapas a R$ 420.
Na cozinha técnica, de ótimos ingredientes e combinações internacionais, o toque brasileiro aparece tímido, principalmente em tons tropicais, como na água de coco que faz parte do caldo que embala o sashimi de robalo, acompanhado também de cubinhos de frutas (manga, pitaya, kiwi e maracujá), receita que integra o menu-degustação.
Em ambiente clássico, invadido pela luz natural e com vista para a mata atlântica, o restaurante tem 138 lugares, 16 deles em uma "mesa do chef", de banquetas altas e vista para a silenciosa cozinha e 12 deles em uma sala privativa.
Quando Jean-Georges se for, quem estará no comando do fogão (da grelha e do forno a lenha) será Felipe Rodrigues, que fez carreira internacional, passando cinco anos no restaurante do Grande Hotel de Estocolmo. O francês Pascal Valero (ex-Valero e Kaá) é o chef-executivo do Palácio Tangará.
