quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Sob a farra indecente do 'cartel lula-stf', às custas dos pagadores de impostos, Correios aumentam gastos com 'dirigentes' em meio a déficit histórico

 Empresa pública teve rombo de R$ 3,2 bilhões no ano passado



Com déficit nos últimos dois anos, os Correios aumentaram os gastos com o pagamento de dirigentes no período, segundo dados da própria estatal consultados pelo jornal O Globo. As despesas passaram de R$ 5,91 milhões em 2022 para R$ 8,15 milhões em 2023 (aumento de 38%), enquanto a inflação acumulada no período foi de 4,62%. 

Entre janeiro e setembro de 2024, último dado disponível, os gastos já somavam R$ 6,15 milhões. 

A empresa foi a principal responsável pelo resultado negativo do conjunto das estatais vinculadas ao governo federal no ano passado, de R$ 6,7 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central. 

O prejuízo dos Correios foi de R$ 3,2 bilhões, recorde histórico. Os Correios têm seis diretores. O salário mensal desses dirigentes subiu de R$ 40,6 mil em 2022 para R$ 46,3 mil em 2024, sem considerar benefícios adicionais, como ajuda de custo e auxíliomoradia. 

O presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, recebe R$ 53,3 mil mensais. Ele está à frente da empresa desde o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Procurados pelo jornal O Globo, os Correios afirmaram, por meio de nota, que os reajustes estão em conformidade com a legislação vigente. “Os valores e os reajustes das remunerações executivas nas empresas estatais atendem às instruções e às normas legais que se aplicam a esses órgãos”, diz. 

Ministério diz que prejuízo dos Correios está atrelado à retomada de investimentos 

O Ministério da Gestão e Inovação, responsável pela supervisão das estatais, atribuiu o desempenho negativo dos Correios à retomada dos investimentos, o que, segundo a pasta, impacta o resultado financeiro de forma temporária. 

A direção da estatal e o ministério também afirmam que a empresa está “sucateada” devido ao plano de privatização do governo de Jair Bolsonaro (PL). Apesar disso, os dados mostram uma redução nos investimentos da estatal entre 2022 e 2023, passando de R$ 758,49 milhões para R$ 755,47 milhões. 

Em 2024, o montante subiu para R$ 830,27 milhões, um crescimento de 9,2% em relação ao ano anterior. 

Esses recursos, segundo a empresa, foram destinados em especial para a compra de equipamentos tecnológicos, veículos e segurança. A empresa alega ainda que houve uma queda de R$ 2,2 bilhões nas receitas impactada pela implementação do programa Remessa Conforme, que reduziu o volume das compras internacionais. 

Entre 2017 e 2021, a estatal registrou lucro, mas desde 2022 já havia fechado no vermelho, com déficit de R$ 767,5 milhões. Os números da estatal revelam que houve aumento das despesas financeiras na atual gestão. De R$ 328,982 milhões em 2022 para R$ 441,654 milhões em 2023, alta de 34%. Até o terceiro trimestre de 2024, as despesas estavam em R$ 393,479 milhões.


Revista Oeste