Ex-estatal trava batalha com o covil do Lula, que quer retomar controle
A decisão do Conselho da Eletrobras em demitir João Carlos de Abreu Guimarães, vice-presidente de Comercialização da antiga estatal, nas primeiras horas desta segunda-feira (3), surpreendeu setores do mercado e colegas de alto escalão na companhia.
A decisão ignorou parecer da diretoria de compliance da própria empresa, que registrou em documento interno não verificar irregularidades.
A saída de Guimarães decorre de uma acusação contra a Delta Energia, da qual ele foi executivo, protocolada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por ex-diretor de uma comercializadora concorrente.
No documento, que ainda não começou a ser avaliada pela autarquia, não há acusação direta contra Guimarães – ele é apenas mencionado como tendo feito parte da Delta no passado.
O conselho da Eletrobras é controlado pela 3G Radar, fundada por Pedro Batista de Lima Filho (ele próprio, membro do conselho), que tem travado batalha de vida ou morte com o covil do Lula, que quer retomar o controle da companhia e, no melhor dos cenários, reverter a privatização. O colegiado preferiu entregar Guimarães para evitar que ele fosse usado como alvo nessa briga.
Com infiormações do Diário do Poder