Na Câmara, o 'ministro' do descondenado negou que tinha compartilhado desinformação sobre a tentativa de assassinato
O ministro da Secom, Paulo Pimenta, negou que tenha compartilhado teorias da conspiração contra a facada que o ex-presidente Jair Bolsonaro sofreu, em 2018. Ela fez a declaração nesta quarta-feira, 24.
O ministro teve de ir à Câmara dos Deputados para dar explicações sobre nove requerimentos protocolados pela oposição. “O que disse sobre a ‘fakeada‘ não era em relação à tentativa de assassinato”, explicou Paulo Pimenta. “Referia-me às teorias de que era algo provocado pela esquerda, alguém ligado ao Psol…isso é fake news. Usam um fato para criar teorias da conspiração.”
Em fevereiro de 2022, Pimenta chamou a tentativa de assassinato de Bolsonaro de “fakeada”. A publicação nas redes sociais ocorreu depois que o então presidente compartilhou um vídeo da época em que fez a primeira cirurgia, após a facada.
Os nove requerimentos que culminaram na ida de Pimenta à Câmara abordam os seguintes temas:
- Plano de governo sobre a liberdade de expressão e de imprensa;
- A campanha promovida pelo governo contra notícias falsas, chamada “Brasil contra fake“;
- O financiamento público destinado aos influenciadores digitais que fizeram propaganda para o governo federal;
- A parceria do governo com um grupo de mídia do Partido Comunista Chinês;
- A minuta do texto do Executivo para o PL 2630/2020, que tramita na Câmara;
- Uma declaração do ministro em que ele afirma que “bolsonaristas” roubaram armas letais e não letais do Gabinete de Segurança Institucional; e
- Uma denúncia de que funcionários da Secom mantém um drive com material atacando parlamentares e empresas contrários ao PL 2630;
A facada em Bolsonaro
Em Juiz de Fora, Minas Gerais, o ex-presidente levou uma facada de Adélio Bispo de Oliveira, que foi considerado “inimputável por transtorno mental”. Ele está internado em um presídio federal. Em 2022, a polícia concluiu que ele agiu sozinho, mas uma filiação antiga de Adélio ao Psol gerou rumores sobre a possibilidade do ato criminoso ter sido “encomendado” por outra pessoa.
Rute Moraes, Revista Oeste