Cientistas do organismo internacional foram ao país asiático para investigar a origem do coronavírus
Catorze países publicaram uma nota conjunta manifestando preocupação sobre o inquérito da Organização Mundial da Saúde (OMS) acerca da origem do coronavírus. Divulgado na terça-feira 30, o documento tem assinaturas de peso, como dos Estados Unidos, do Reino Unido, do Canadá e de Israel. O organismo internacional admitiu que o Partido Comunista (PCC) ocultou dados dos pesquisadores que foram ao país em busca de respostas relacionados à covid-19. O país asiático foi acusado pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump de instrumentalizar o surto.
“Apoiamos uma análise e avaliação transparente e independente, livre de interferência e influência indevida, das origens da pandemia da covid-19. A esse respeito, nos unimos para expressar preocupações compartilhadas com relação ao recente estudo convocado pela OMS na China, ao mesmo tempo, em que reforçamos a importância de trabalharmos juntos para o desenvolvimento e uso de um estudo rápido, eficaz, transparente, com base científica e em um processo independente de avaliação internacional de tais surtos de origem desconhecida no futuro”, informa trecho da papelada.
O CASO
Na China, a OMS não teve autoridade para conduzir uma investigação independente durante sua estadia na cidade onde a pandemia começou. O PCC impôs limitações estritas aos cientistas. O estudo da OMS também demorou a ser realizado — um ano depois do início da epidemia — e os integrantes da OMS não tiveram acesso a dados e amostras originais completos — fatos que foram salientados pelos 14 países na declaração conjunta.
SIGNATÁRIOS DO DOCUMENTO
EUA, Austrália, Canadá, Dinamarca, Estônia, Israel, Japão, Letônia, Lituânia, Noruega, República Tcheca, Coreia do Sul, Eslovênia e Reino Unido.
Cristyan Costa, Revista Oeste