Cadeia global de mercadorias severamente prejudicada pelo acidente; governos europeus temem desabastecimento
O acidente no Canal de Suez está impedindo a circulação de US$ 9,6 bilhões por dia, garantiu a consultoria Lloyd’s List. Conforme noticiou a Revista Oeste na quarta-feira 24, o navio Ever Given ficou “atravessado” na hidrovia que liga a Ásia emergente à rica Europa. A embarcação tem 400 metros de comprimento e 59 de largura — maior que o edifício Empire Estate, localizado na ilha Manhattan, em Nova Iorque. Mais de 320 barcos aguardam para cruzar o conduto e abastecer os países. No domingo, 28, dois rebocadores adicionais vindos da Itália foram enviados ao local de modo a desobstruir o bloqueio.
Em razão do ocorrido, a Síria deu início ao racionamento de combustível e os governos europeus manifestaram preocupação com o desabastecimento de produtos — o ocorrido está afetando os embarques de petróleo e gás entre o Oriente Médio e a Europa. Empresas cujos navios estão no canal anunciaram mudança de rota das embarcações. O Cabo da Boa Esperança, na ponta sul da África, é o novo caminho. Contudo, o prazo para que as mercadorias cheguem ao destino é maior. As companhias também se preocupam com a saúde dos animais transportados. Pelo menos quinze barcos carregam gado.
Boa notícia
Nesta segunda-feira, 29, o cargueiro encalhado voltou a flutuar parcialmente. Vídeo publicado nas redes sociais indica que o navio girou, abrindo espaço no canal. A informação é do Inchcape, um provedor global de serviços marítimos.
Entenda
Cristyan Costa, Revista Oeste