quinta-feira, 9 de julho de 2020

Protestos violentos contra o ‘lockdown’ na Sérvia

Presidente da Sérvia desistiu de impor um novo lockdown no país; protestos violentos aconteceram na capital do país, Belgrado
Lockdown Sérvia
Foto: moransupremacy/Twitter
Após violentos protestos em Belgrado, a capital da Sérvia, o presidente do país, Aleksandar Vučić, recuou do plano de impor um segundo lockdown no país.
Na última terça-feira, Vučić anunciou que a Sérvia ia entrar em lockdown no final desta semana por conta do aumento dos casos do coronavírus. Prontamente, pessoas começaram a se manifestar na frente do Parlamento pedindo a renúncia do presidente.
Os protestos, que começaram pacíficos, começaram a ganhar força e violência ao longo da semana, com conflitos eclodindo entre os manifestantes e as forças policiais.
Os manifestantes inclusive chegaram a invadir o prédio do Parlamento e as forças policiais tiverem dificuldade de retomar o prédio. A informação é da televisão europeia EuroNews.
O presidente Vučić criticou a ação dos manifestantes, afirmando que eles possuem uma ação política e que não tem relação com a pandemia.
Vučić sofreu muitas críticas ao negociar com a União Europeia sobre o Kosovo, um território que quer ser primordialmente independente da Sérvia.
Além da capital do país, Belgrado, a cidade de Novi Sad, no norte do país, também teve protestos violentos.

Presidente recua

Voltando atrás do anúncio das medidas que entrariam em vigor na sexta-feira, Vučić disse que não iria fazer isso sem decretar um estado de emergência. Ele afirmou que é inegavelmente favorável ao lockdown, mas que provavelmente não vai implementá-lo.
Ao invés disso, o governo anunciou eventualmente novas medidas. Haverá multa para quem não utilizar máscara nas ruas e as casas noturnas deverão igualmente funcionar por menos hora.
De acordo com os números divulgados pela Universidade Johns Hopkins, a Sérvia conta com 17.076 casos confirmados do coronavírus e 341 mortos.

Veja também: “‘Lockdown’ é mais devastador que covid-19, informa J. P. Morgan”

, Revista Oeste