Número 2 da pasta, esteve presente no encontro em que Carlos Lupi, demitido, foi informado da bandalheira
Indicado pelo ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz participou da reunião do Conselho Nacional de Previdência Social no dia 12 de junho de 2023.
O encontro foi onde Carlos Lupi, que saiu do cargo nesta sexta-feira, 2, recebeu o alerta sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A ata da 296ª Reunião Ordinária trouxe detalhes sobre denúncias de descontos indevidos em aposentadorias e pensões.
Durante o encontro, Lupi solicitou dados sobre entidades com acordos com o INSS e a curva de crescimento dos associados no último ano. Ele defendeu regulamentações mais seguras para o sistema previdenciário e mencionou a “utilização de token” como medida de proteção. Apesar da urgência, a pauta não avançou nas reuniões seguintes por 12 meses.
As discussões sobre fraudes no INSS
O assunto foi retomado no dia 24 de abril de 2024, durante uma reunião do conselho. Hélio Queiroz, da Confederação Nacional do Comércio, pediu uma análise da situação, pois citou que o INSS estava em foco negativo na imprensa.
Queiroz sugeriu um bloqueio de descontos a partir de maio, mas Lupi afirmou que haveria a necessidade de uma análise jurídica.
Alessandro Stefanutto, então presidente do INSS, destacou que muitas denúncias diziam respeito a práticas de 2020 e 2021, de modo a sugerir que algumas podiam estar desatualizadas.
Uma auditoria nas fichas do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi) não encontrou evidências de fraude.
Depois de Lupi sair para uma reunião no Senado, os participantes discutiram a necessidade de auditorias rigorosas e critérios mais restritivos para adesão de entidades aos aposentados. Previdência: queda de Lupi e nomeação de Queiroz.
Wolney Queiroz Maciel, filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), assumirá o Ministério da Previdência Social. O ex-deputado federal recebeu o convite de Lula da Silva para liderar a pasta.
Esta decisão vem depois da renúncia de Carlos Lupi, nesta sextafeira, 2. Ele deixou o cargo em meio a investigações sobre fraudes no INSS.
A Polícia Federal investiga um esquema de descontos ilegais em aposentadorias, ocorrido entre 2019 e 2024, com prejuízo estimado em R$ 6,5 bilhões. Embora não haja menções a Lupi, ele optou por renunciar, para não prejudicar as apurações, conforme nota.
Em sua rede social X, antigo Twitter, Lupi expressou gratidão ao presidente e afirmou que todas as áreas da Previdência apoiaram as investigações desde o início. “Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula', escreveu.
Revista Oeste
