Eduardo Cunha foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato.| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, responsável por autorizar o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), conta em um livro os bastidores do fim da era petista no Palácio do Planalto após 13 anos. No livro "Tchau, Querida — O Diário do Impeachment", que será publicado neste mês na data em que completa cinco anos da sessão que culminou com a saída de Dilma, Cunha diz que Michel Temer atuou para o processo, que tinha jogo de "cartas marcadas" e refuta a tese de "golpe".
De acordo com a revista Veja, Cunha admite, por exemplo, que indicou um advogado de sua confiança para dar uma consultoria de cartas marcadas ao relator do impeachment, o deputado Jovair Arantes.
Em outro trecho, o ex-presidente da Câmara afirma que à época o vice-presidente Michel Temer trabalhou arduamente pelo impeachment e negociou cargos. "Temer não só desejava o impeachment como lutou por ele de todas as maneiras — ao contrário do que ele quer ver divulgado sobre o assunto", escreveu Cunha, segundo a publicação. "Jamais esse processo de impeachment teria sido aprovado sem que Temer negociasse cada espaço a ser dado a cada partido ou deputado que iria votar a favor da abertura dos trâmites."
Cunha, no entanto, refuta a tese de golpe, segundo a Veja, mas faz ironia com o histórico do PT, que defendeu os afastamentos de presidentes anteriores. "Quem com golpe fere, com golpe será ferido."
Lula pede que STF declare suspeição de Moro em processos do sítio de Atibaia e instituto
Ex-presidente Lula recuperou os direitos políticos graças a uma decisão individual do ministro Edson Fachin, do STF - Foto: Ricardo Stuckert/Fotos Públicas
A defesa do ex-presidente Lula entrou com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a decisão da suspeição do ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro no caso do triplex de Guarujá também seja considerada para as ações do sítio de Atibaia e do Instituto Lula.
A defesa alega, na manifestação dirigida ao ministro Gilmar Mendes, que preside a Segunda Turma do STF onde foi julgada a suspeição de Moro, que há “igual situação jurídica” nos processos. Por 3 votos a 2, a Segunda Turma do STF declarou em 23 de março a suspeição de Moro na condenação do petista no caso do triplex do Guarujá. Com a anulação, o processo retornou à estaca zero, desde a produção de provas.
Vacinas: Saúde entregou 20 milhões de doses aos estados em março
Vacinação contra Covid-19 | Foto: Daniel Castellano / SMCS
Um levantamento divulgado pelo jornal O Globo nesta sexta (2) mostra que o Ministério da Saúde repassou, em março, 20.321.310 doses de vacinas contra a Covid-19 aos estados. O número é menos da metade das 46.033.200 doses previstas pela pasta durante anúncio do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, em 17 de fevereiro. Os dados são do portal Localiza SUS. Em nota ao jornal, a Saúde diz que o cronograma é apenas uma previsão e está sujeito a alteração a depender dos laboratórios. Em abril, o ministério estima repassar 47,3 milhões de doses.
No entanto, em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro Marcelo Queiroga projetou o recebimento de 25,5 milhões. Na quinta (1º), o Brasil registrou 3.769 mortes provocadas pela Covid-19 em 24 horas. O total de óbitos chega a 325.284 pessoas.
Rio de Janeiro prorroga medidas restritivas no combate à Covid-19
Foto: Marcello Casal Jr -Agência Brasil
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), prorrogou as medidas restritivas até a zero hora da próxima sexta (9). No entanto, as escolas estão liberadas para funcionar a partir da segunda (5). O Rio endureceu medidas restritivas desde 26 de março, quando foi decretado o recesso sanitário para conter a pandemia na cidade.
O funcionamento de atividades não essenciais foi proibido, bares e restaurantes só podem abrir para entregas, sem consumo presencial. As praias foram fechadas ao lazer, sendo permitida apenas a prática de esportes individuais.
Gazeta do Povo