quarta-feira, 1 de julho de 2020

Operação investiga fraudes em estatal do RJ

Ex-funcionários da Cedae, empresa pública de água e esgoto do Estado, estão na mira dos agentes, que cumprem 14 mandados de busca e apreensão
operação
Agentes públicos e funcionários da Cedae estariam envolvidos num esquema investigado pela operação Águas Claras
Foto: DIVULGAÇÃO/AGÊNCIA BRASIL
A Polícia Civil iniciou, na manhã desta quarta-feira, 1, a Operação Águas Claras, que apura irregularidades em licitações e contratos emergenciais na Cedae — estatal de água e esgoto do Estado do Rio de Janeiro.
Em parceria com o Ministério Público do Rio (MPRJ) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE), os agentes cumprem 14 mandados de buscas e apreensão. Contudo, não há pedidos de prisão.
Na mira dos policiais estão a sede da Cedae, no centro, casas de quatro ex-diretores e ex-funcionários da companhia, e a residência de um homem apontado como lobista e intermediário.
De acordo com o TCE, desde 2018, há um esquema de corrupção na estatal. Portanto, teria causado um prejuízo de R$ 63 milhões aos cofres públicos. Além disso, a corrupção se estende a prefeitos, que teriam subornado agentes públicos para fraudar licitações.

Investigação

Em síntese, ex-diretores e empresários foram monitorados por um ano. De acordo com o MPRJ, o material coletado apresenta fortes indícios de superfaturamento. Há, também, uso informações privilegiadas passadas por servidores públicos.
Através de senhas pessoais, eles acessavam o sistema da estatal e alertavam empresários acerca do andamento de processos de dispensa de licitação. Assim sendo, os executivos podiam agir junto aos diretores da Cedae, para conseguir as obras.
De acordo com a Justiça, o possível pagamento de propina que ocorria de três formas: benefícios como aluguéis de carros, uso de cartões corporativos e, em alguns casos, pagamentos em espécie.

, Revista Oeste