quarta-feira, 1 de julho de 2020

Câmara deve referendar adiamento das eleições 2020

Líderes partidários sinalizaram que devem votar a favor da PEC aprovada no Senado sobre o adiamento das eleições 2020
Adiamento das eleições 2020
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) | Foto: Divulação/Agência Brasil
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), busca um acordo com parlamentares do Centrão para pautar, ainda nesta quarta-feira (1º), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/20, que prevê o adiamento das eleições municipais de outubro para os dias 15 e 29 de novembro. A matéria foi aprovada na semana passada pelo Senado e aguarda manifestação dos deputados. A expectativa de líderes partidários é que o texto seja aprovado.
Nos últimos dias, prefeitos vinham pressionando deputados a rejeitar a PEC. Os gestores municipais defendiam a ideia de que a manutenção das eleições para a data atual (4 de outubro, o primeiro turno, e 25 de outubro, o segundo) poderia ajudá-los em uma eventual reeleição. Entretanto, Maia e líderes de partidos como Republicanos e Progressistas sinalizaram aos prefeitos a liberação de R$ 5 bilhões para ajudar os municípios no combate à pandemia e com retorno dos programas eleitorais gratuitos em rádio e televisão. Com esses benefícios, o texto do Senado tende a ser referendado pelos deputados.

Adiamento das eleições 2020

Durante entrevista coletiva concedida ontem, Rodrigo Maia, contudo, desconversou. “Acho um erro juntar uma coisa à outra, e só não foi votada [a medida provisória relacionada ao auxílio aos municípios] porque havia outros projetos na frente”, disse o presidente da Câmara.
A pressão pelo adiamento das eleições também vem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, afirma que foi convencido sobretudo por médicos e especialistas de que a protelação das eleições municipais é a melhor decisão. Para que as eleições sejam adiadas, a Câmara precisa aprovar a PEC com pelo menos 308 votos.

, Revista Oeste