quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

"Sem senso de ridículo", por José Nêumanne

Ao apelarem para espírito de corpo da cúpula do Judiciário, Toffoli e Lewandowski revelam ignorância e incompreensão. Foto: C NJ

O presidente do STF, Dias Toffoli, perdeu completamente o senso do ridículo ao mandar o ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, investigar o bate-boca em voo de carreira de São Paulo para Brasília, entre seu colega Ricardo Lewandowski e o advogado Cristiano Caiado de Acioli. 
O que este disse ao ministro – “sinto vergonha do Supremo” – foi registrado por celulares e distribuído em redes sociais, não tendo, portanto, sigilo de Justiça e não configura crime. 
Ao contrário, o direito a opinião não exclui a cúpula do Judiciário. 
E certamente a PF e o MPF têm muito mais o que fazer do que proteger a duvidosa honra do STF.

O Estado de São Paulo