
"A transação representa uma rara oportunidade de adquirir um aeroporto de tamanho e qualidade", afirmou em um comunicado a empresa francesa, que vem expandindo seus negócios para concessões de crescimento mais rápido e mais lucrativas, como aeroportos e rodovias, bem como em projetos de engenharia para a indústria de energia.
Com 45,7 milhões de passageiros em 2018, o Gatwick se tornará o maior aeroporto único da rede global da Vinci. No entanto, tem estado sob pressão devido à intensificação da concorrência com outros aeroportos de Londres e perdeu para o Heathrow, o mais movimentado da Europa, um concurso para ganhar apoio do governo para a construção de uma nova pista.

Na semana passada, um pouco antes do Natal, o Gatwick ocupou as manchetes dos jornais depois drones foram vistos na pista, o que provocou 36 horas de caos em suas operações, prejudicando a viagem de mais de 100 mil pessoas.
Stewart Wingate, executivo-chefe do Gatwick, que permanecerá em seu cargo, disse que o aeroporto está aprendendo a lição e buscando soluções para evitar que o problema se repita.
“Enquanto o anúncio de hoje marca um momento empolgante no futuro do Gatwick, minha equipe e eu continuamos focados em fazer tudo o que pudermos para garantir que a viagem corra o melhor possível para todos durante o resto do período festivo de fim de ano”, disse Wingate através de um comunicado.
A empresa de engenharia francesa de 120 anos está minimizando os riscos em torno da iminente saída da Grã-Bretanha da União Européia, já que os aeroportos rivais alertam que a demanda por viagens aéreas pode ser afetada. O Manchester Airports Group, operador do rival londrino Stansted, prevê que o atual plano Brexit poderá reduzir o número de passageiros nos próximos cinco anos, mas não espera que ele interrompa completamente o fluxo. Assim como Stansted, o Gatwick tem como alvo mais vôos de longa distância.
— Os aeroportos são investimentos atraentes, especialmente em um mundo de alta volatilidade, porque o retorno dos aeroportos pode ser bastante previsível e gerenciável, mesmo que o número de passageiros seja volátil— disse Daniel Roeska, analista da Bernstein, em entrevista à Bloomberg por telefone. — Em qualquer cenário Brexit, as pessoas ainda vão sair de férias. No longo prazo, não será afetado tanto no lado do lazer.
O Globo, com agências internacionais