O ex-senador Demóstenes Torres (PTB-GO) recebeu do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) um salário bruto de R$ 218.547,17 em novembro. Como procurador de Justiça, ele tem um salário mensal de cerca de R$ 30 mil.
O valor total foi atingido devido à adição da remuneração natalina (R$ 15 mil) e do "abono de permanência" (R$ 172 mil) - a soma de todas as contribuições previdenciárias feitas por ele desde agosto de 2014, quando o ex-senador teria o direito de entrar com pedido de aposentadoria. O valor foi solicitado por ele à Justiça em outubro de 2017.
Demóstenes estava afastado desde 2012 e respondia a um processo por corrupção passiva e advocacia privilegiada em favor do empresário Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, mas seguia recebendo o salário com os descontos previdenciários.
As provas foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2016 e o Tribunal de Justiça de Goiás extinguiu a ação em junho de 2017, quando ele voltou ao cargo de procurador e solicitou a devolução da contribuição previdenciária