Renée Pereira, O Estado de São Paulo
O apetite dos controladores chineses segue forte, após a compra da CPFL. André Dorf afirmou que a empresa vai avaliar tudo que estiver à disposição no mercado. Na área de distribuição, há uma série de ativos à venda e que pode representar sinergia para o grupo. No Sul, onde já tinha uma concessão, a empresa comprou no ano passado a AES Sul e está de olho na CEEE. O governo gaúcho já manifestou interesse em privatizar a concessionária, mas depende de plebiscito para autorizar a venda.
“Estamos acompanhando de perto esse processo”, diz Dorf.
A Ligtht, distribuidora do Rio colocada à venda pela Cemig, e as seis distribuidoras da Eletrobrás também serão avaliadas pela companhia paulista.
Renováveis. “Mas não vamos comprar a qualquer custo; somos focados no retorno para o acionistas”, afirma o presidente da CPFL. Isso vale também para ativos do setor de renováveis, que são o foco da empresa. Na área de energia eólica, há muitos parques à venda seja por parte de fundos, que precisam dar retorno aos cotistas, ou de investimentos individuais que estão sem fôlego para crescer e ganhar escala.
A CPFL Renováveis cresceu nesse segmento especialmente com a compra de algumas empresas que já tinham um portfólio de projetos mais maduros. Hoje o grupo é um dos líderes no segmento no País – área que gera cerca de R$ 1 bilhão de Ebtida (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para a empresa, que tem cerca de 3 mil megawatts (MW) em projetos eólicos e solares para desenvolver.