segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Brasil cresceu 0,49% em novembro, aponta prévia do PIB. Terceiro mês seguido de alta


Banco Central do Brasil - Ailton de Freitas / Agência O Globo

Gabriela Valente - O Globo



A economia brasileira cresceu 0,49% em novembro nos cálculos do Banco Central. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela autoridade monetária. O dado veio levemente melhor que a estimativa de 0,44% para o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br). O desempenho consolida a retomada da atividade. Os dados anualizados demonstram mais claramente a recuperação econômica do Brasil.

No acumulado nos últimos 12 meses, a expansão da atividade foi de 0,73%. O número representa um grande ganho de tração da economia. Isso porque o dado até o mês anterior (o IBC-Br dos 12 meses encerrados em outubro) mostrava um crescimento de apenas 0,26%.

Pelas contas do BC, o país já cresceu 1,06% de janeiro a novembro. Na expectativa do governo, o Brasil deve ter crescido algo em torno de 1,1% no ano passado.

Segundo o Bradesco, o avanço corrobora "nossa expectativa de retomada gradual da atividade econômica, com crescimento do PIB no quarto trimestre". Para 2018, o banco espera aceleração ao longo do ano, com expansão de 2,8% do PIB.

DIFERENÇAS NA METODOLOGIA

Tanto o IBC-Br quanto o PIB são indicadores que medem a atividade econômica, mas têm diferenças na metodologia. O IBC-Br foi criado pelo Banco Central para ser uma referência do comportamento da atividade econômica que sirva para orientar a política de controle da inflação pelo Comitê de Política Monetária (Copom), uma vez que o dado oficial do PIB é divulgado pelo IBGE com defasagem em torno de três meses.

O indicador do BC leva em conta trajetória de variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (indústria, agropecuária e serviços).

Já o PIB é calculado pelo IBGE a partir da soma dos bens e serviços produzidos na economia. Pelo lado da produção, considera-se a agropecuária, a indústria, os serviços, além dos impostos. Já pelo lado da demanda, são computados dados do consumo das famílias, consumo do governo e investimentos, além de exportações e importações.