Grupo de 15 mulheres cerca parlamentares com frases intimidadoras e palavras como 'ladrão'
Um grupo de cerca de 15 mulheres cercaram os senadores na saída da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) após os integrantes do colegiado aprovar nesta quarta-feira, 26, a proposta que atualiza a lei do abuso de autoridade e a que estabelece o fim foro privilegiado.

Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprova projeto do abuso de autoridade
Relator do texto final do abuso de autoridade, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) foi o primeiro a ser abordados. “Você está na operação Carne Fraca. Está na Lava Jato e agora quer aprovar uma proposta que o povo não quer”, gritou uma das mulheres. O peemedebista não reagiu com agressividade e ressaltou que representa “o povo do Paraná”.
Outro alvo dos protestos foi o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), que foi acompanhado pelo grupo até a entrada do plenário que gritava palavras de ordem contra o tucano. O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), também foi cercado. “O povo diz não”, afirmou uma das integrantes do grupo. “Ladrão”, gritou outra.
Andando em direção ao gabinete da liderança, Renan reagiu quando uma das mulheres, filmando-o com o celular, se aproximou de forma mais ostensiva. “Fale baixo e abaixe a mão”, disse Renan. Ela respondeu: “Vocês estão com poder, podem tudo”.