Sem parar de dançar, Mick Jagger era abraçado, beijado e cumprimentava conhecidos durante a festa em homenagem aos Rolling Stones, na quinta (25), na Bud Mansion, nos Jardins. E se esforçava para entender ("Não consigo te escutar" era uma das respostas mais comuns do músico) perguntas e elogios das fãs -quase todas com mais de 1,70 m e menos de 30 anos- que chegavam à roda dele.
"Você acha que eu pareço a Luciana Gimenez?", perguntou uma modelo, que realmente era parecida com a mãe do filho do inglês. Esse questionamento, especificamente, foi um dos poucos que ficaram sem resposta. "Obrigada! Você fez a melhor música do Guitar Hero [jogo de videogame]", agradeceu outra, que, com 19 anos, admitia não conhecer bem os discos da banda.
Mick Jagger também conversou com a coluna durante a balada. Disse que gostou do show que fez na quarta em São Paulo, "mas estava muito chuvoso". O segundo será hoje.
Dedicado a ficar com o filho Lucas durante a temporada na cidade, ele foi rápido em responder sobre a semelhança física dos dois. "É o cabelo", disse, rindo.
À vontade na pista de dança (com seus habituais passinhos) e sem a companhia dos colegas de banda, que não apareceram, Mick dançou com todas as mulheres que se aproximavam. Já homens passavam por uma triagem feita por dois seguranças. A proporção entre os convidados era de três pessoas do sexo feminino para uma do masculino.
"Os fãs brasileiros são difíceis. Não se contentam em falar com ele. Querem sempre encostar", disse, bufando, um dos guarda-costas.
O traje obrigatório, que no convite da festa era descrito como "Rock N Rolla", foi seguido à risca. Quase todos usavam preto e alguns detalhes em vermelho. Outra instrução foi colocada em letras maiúsculas: "Qualquer convidado que abordar qualquer um dos Rolling Stones para foto ou autógrafo ou tirar foto a distância será imediatamente removido do recinto".
"Realizei meu sonho de falar com o Mick Jagger e ninguém vai saber", lamentava uma garota após abraçar o músico. Como os celulares eram recolhidos na porta e colocados em envelopes lacrados, não dava para tirar foto.
"Mas ele só está soltinho assim porque sabe que não vai ter foto! Senão nem ia olhar pra nossa cara", respondeu a amiga dela, sem arredar o pé do lado do roqueiro.