Ao todo, os parlamentares gastaram R$ 215 milhões; parlamentar Gabriel Mota (Republicanos-RR) lidera o uso da verba
Os deputados federais gastaram cerca de R$ 215 milhões em cotas parlamentares neste ano. Os recursos, oriundos dos cofres públicos, cobrem despesas como passagens aéreas e terrestres, hospedagens, aluguel de veículos, promoção de atividades na mídia e manutenção de escritórios. Os dados sobre as cotas parlamentares foram obtidos a partir das informações disponíveis nos dados abertos da Câmara dos Deputados.
Dos 513 parlamentares, 87 gastaram pelo menos R$ 500 mil até o início de dezembro. Gabriel Mota (Republicanos-RR) lidera a lista dos maiores gastos, com R$ 611 mil. + Leia mais notícias de Política em Oeste Em segundo lugar está o deputado Átila Lins (PSD-AM), que gastou R$ 578 mil, o qual é seguido por João Maia (PP-RN) com R$ 569 mil. Pompeo de Mattos (PDT-RS) e Dagoberto Nogueira (PSDB-MS) também estão entre os que mais gastaram, com despesas de R$ 566 mil e R$ 565 mil, respectivamente.
Deputados mais econômicos
O deputado federal Amom Mandel (Cidadania-AM) foi o mais econômico, solicitando o reembolso de apenas R$ 15 mil, usados exclusivamente para passagens aéreas. Outros parlamentares que controlaram gastos foram Daniel Soranz (PSD-RJ), com R$ 29 mil, e Ricardo Guidi (PL-SC), que gastou R$ 40 mil. Fausto Santos Júnior (União-AM) e Adriana Ventura (Novo-SP) também aparecem entre os menos gastadores, com R$ 44 mil e R$ 44,2 mil, respectivamente.
As cotas parlamentares são reembolsos fornecidos pelo Congresso para cobrir custos do exercício do mandato, ajustados conforme a distância dos Estados de origem dos deputados até Brasília. Os valores mensais variam de R$ 36,5 mil para deputados do Distrito Federal a R$ 51,4 mil para aqueles de Roraima. No entanto, passagens aéreas representam apenas 15% dos gastos totais das cotas em 2024.
Destinação dos recursos das cotas parlamentares A maior parte dos recursos, 38%, foi destinada à divulgação da atividade parlamentar, somando R$ 82,2 milhões. Esse montante financiou agências de publicidade, produtoras de conteúdo audiovisual e impulsionamento de conteúdo nas redes sociais.
Outras despesas significativas incluem R$ 59 milhões em combustível e aluguel de veículos, e R$ 38 milhões em manutenção de escritórios, tanto na capital federal quanto em outras localidades. Esses valores não incluem os salários dos assessores, que são de até 25 por deputado, pagos com a verba de gabinete, que totalizou R$ 672 milhões neste ano.
Revista Oeste