Para o jornal, a indústria petista de distorção da realidade para seus propósitos políticos é imparável
O editorial “Google, o novo ‘inimigo do povo’”, publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira, 31, critica a reação do governo. Segundo o Estadão, o equívoco — que mostrou a moeda norteamericana a R$ 6,35, ou seja, R$ 0,20 acima do valor real — foi rapidamente corrigido. No entanto, o governo teria aproveitado a situação para reforçar uma narrativa de “vitimização e conspiração”.
A publicação afirma que, em vez de focar os problemas econômicos, como a política fiscal e a alta do dólar, o governo estaria criando teorias conspiratórias para desviar a atenção de sua responsabilidade em questões econômicas. + Em termos reais, dólar está mais caro do que no auge da crise do governo Dilma “O governo de Lula da Silva, empenhadíssimo em demonstrar que a moeda brasileira está sob ataque especulativo das forças ocultas do mercado, parece inclinado a tomar esse caso como prova de suas teorias da conspiração — e, de quebra, ainda pretende fustigar uma das principais Big Techs, empresas que, segundo Lula, ganham dinheiro ‘disseminando inverdades’”, diz a publicação. A Advocacia-Geral da União (AGU) foi acionada para reunir informações para uma possível ação judicial contra o Google.
O objetivo seria investigar possíveis fake news relacionadas à cotação do dólar e à suposta manipulação de informações.
A estratégia do governo Lula
Para o jornal, o Planalto estaria recorrendo à estratégia de “inventar complôs de inimigos do povo” para justificar a situação econômica. Essa narrativa tornaria a “Faria Lima” e as empresas de tecnologia “cúmplices” em uma suposta campanha de desinformação contra o governo.
A resposta oficial ao erro do Google, nesse contexto, seria uma forma de alimentar essa conspiração. O texto destaca, por exemplo, a declaração do ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, que acusou uma “indústria das fake news” de atuar contra o Brasil. Ainda no texto, o Estadão afirma que “o Palácio do Planalto decidiu recorrer à surrada tática lulopetista de inventar complôs.”
Para o
jornal, transformar o Google em um “inimigo do povo” é uma
manobra desproporcional, usada pelo governo como cortina de
fumaça para problemas reais.
Enquanto isso, ele se exime das responsabilidades pela deterioração
cambial, inflação fora da meta e trajetória de alta da dívida pública.
Revista Oeste