quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Governo do PT, leia-se cartel Lula-STF, é desaprovado por 90% do mercado financeiro

 Levantamento da Quaest reflete um aumento expressivo em relação a março, quando a reprovação era de 26%


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A desaprovação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre profissionais do mercado financeiro atingiu 90%, conforme uma pesquisa da Quaest, divulgada nesta quarta-feira, 4. Este dado reflete um aumento expressivo em relação a março, quando a reprovação era de 26%. O levantamento, solicitado pela Genial Investimentos, ocorreu entre 29 de novembro e 3 de dezembro e envolveu 105 gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão de fundos de investimento em São Paulo e no Rio de Janeiro. A margem de erro é de 3,4 pontos porcentuais. 

Felipe Nunes, diretor da Quaest, atribui essa elevação à reação do mercado ao pacote de corte de gastos divulgado recentemente. Entre os entrevistados, 86% acreditam que Lula prioriza sua popularidade, enquanto 29% focam o equilíbrio fiscal. A visão sobre o Congresso Nacional também se deteriorou. O mercado espera que a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil seja aprovada, mas duvida sobre a elevação de impostos para rendas acima de R$ 50 mil. “O Congresso não é mais visto como o ator fiscalista do país”, comenta Nunes.

O desempenho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi avaliado positivamente por 41%, uma queda ante 50% em março. Além disso, 24% o avaliam negativamente, e 35%, de forma regular. A percepção de que a influência de Haddad diminuiu é compartilhada por 61 por cento dos entrevistados. Depois do anúncio do pacote fiscal, 67% dos entrevistados planejam aumentar investimentos no exterior, 30% pretendem mantê-los, e apenas 3% consideram reduzi-los. A isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil foi vista negativamente por 85 por cento, que acreditam que prejudicará a economia. Perspectivas para a economia brasileira sob o governo Lula Por outro lado, 99% dos entrevistados avaliam que o fim da “morte ficta”, pensão a famílias de militares expulsos, pode beneficiar a economia. Sobre o novo arcabouço fiscal, 58% dizem não ter credibilidade, enquanto 42% veem pouca credibilidade. 

A maioria dos entrevistados acredita que o arcabouço fiscal não se sustentará a longo prazo. No horizonte econômico do Brasil, 96% afirmam que a política econômica está na direção errada, enquanto 88% preveem piora em 2025. Em relação à taxa de juros, atualmente em 10,75%, 66% dos agentes preveem um aumento de 0,75 ponto porcentual, 17% acreditam que será de 1 ponto porcentual e 15% projetam um aumento de 0,5 ponto porcentual. O desempenho do Congresso Nacional foi avaliado negativamente por 41% dos entrevistados, um crescimento em relação aos 17% de novembro de 2023. Além disso, 38% mantêm uma visão regular e 21% o avaliam positivamente.

 


Fernando Haddad - Foto: Washington Costa/MF

 

Com informações da Revista Oeste