terça-feira, 17 de setembro de 2024

Dos quase 700 incêndios no Brasil, menos de 200 foram controlados

A desastrada ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirma que há localidades que não contam com combate às chamas por falta de acesso


revistagalileu.Globo.com


O Brasil tem contabilizados, até o início da noite desta terça-feira, 17, quase 700 incêndios. Sendo que nem metade deles foram controlados, de acordo com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Ao todo, são 690 incêndios registrados. “Conseguimos, em uma verdadeira força tarefa, extinguir cerca de 290 incêndios e controlar 179 incêndios”, explicou Marina Silva. 

“Nós ainda estamos em combate em 108 incêndios.” A ministra sinalizou que há cerca de 106 incêndios “ativos sem combate, ou porque estão em área remota, ou porque nossos equipamentos têm dificuldade de acesso”. 

“O Estado mais equipado da Federação é o do nosso vice-presidente, Geraldo Alckmin, que é São Paulo. São quase 9 mil bombeiros empenhados no combate, além de outros 7 mil brigadistas de instituições privadas”, afirmou Marina Silva. Marina Silva destacou ter contado com “muito apoio” do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para tratar das queimadas no Estado. “Ele me disse, ao sobrevoar o Estado, que era uma sensação muito grande de impotência”, disse. 

“Ele ainda destacou que, se não tivesse chovido no Estado nos últimos dias, muitas das queimadas não teriam sido controladas e extinguidas”, acrescentou a ministra. 

Suspensão de aulas por causa dos incêndios

Na reunião dos Três Poderes sobre os incêndios no país, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou que não ocorreu uma recomendação nacional para a suspensão das aulas. “Não devemos ter uma orientação geral de fechamento das escolas, mas tudo isso precisa ser monitorado caso a caso com as  prefeituras”, disse Nísia Trindade. 

“É importante termos cuidado, não estamos reproduzindo os mesmos cuidados da pandemia de covid-19. O caso é grave, mas requer cuidados diferentes e monitoramento permanente.” Lula diz que queimadas podem ter ‘interesses políticos’ 

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que existe a possibilidade de que alguns incêndios que ocorrem pelo país possam ter “interesses políticos”. A declaração foi dada na tarde desta terça-feira, 17, durante reunião com chefes dos Três Poderes e ministros de Estado sobre as queimadas. 

“Há a suspeita de que muitos incêndios sejam criminosos”, disse Lula. “Mas que essas pessoas que estão tentando, sabe, essas ações criminosas, estejam avisadas de que nós não estamos para brincadeira. Vamos levar muito a sério.” Lula falou que “não pode, possivelmente, que tudo isso seja” em decorrência da COP30 no Brasil, ou pelo fato de o país ter uma “performance na discussão ambiental no mundo inteiro”. “Talvez uma parte disso seja por interesses políticos”, analisou.

“A gente não sabe, não pode acusar”, declarou. “Mas que há suspeita, há. Não posso deixar de dizer para vocês que uma pessoa muito importante na convocação do ato do 7 de setembro na Paulista disse: ‘Vamos botar fogo no brasil ou o brasil vai pegar fogo’, algo assim.” Sem citar nomes, o presidente se referiu a uma convocação feita por Silas Malafaia, para a manifestação do 7 de Setembro na Avenida Paulista. 

Neste vídeo, o pastor disse que o Brasil ia “pegar fogo”, mas sem qualquer referência a incêndios.

Estiveram presentes na reunião as seguintes autoridades: • Geraldo Alckmin — vice-presidente • Alexandre Padilha — ministro das Relações Institucionais • Marina Silva — ministra do Meio Ambiente 17/09/2024, 19:10 Dos quase 700 incêndios no país, menos de 200 foram controlados https://revistaoeste.com/politica/dos-quase-700-incendios-no-pais-menos-de-200-foram-controlados/ 3/7 Incêndio Queimadas Lula Governo Lula Nísia Trindade Marina Silva Nenhum comentário para este artigo, seja o primeiro. Assine ou cadastre gratuitamente para comentar Mais lidas 1 2 • Paulo Pimenta — ministro da Secretaria Extraordinária de Reconstrução do RS • Ricardo Lewandowski — ministro da Justiça • Nísia Trindade — ministra da Saúde • Paulo Teixeira — ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar • Luís Roberto Roberto — presidente do STF • Rodrigo Pacheco — presidente do Senado Federal Arthur Lira — presidente da Câmara dos Deputados • Paulo Gonet — Procurador-geral da República • Jorge Messias — Advogado-geral da União • Bruno Dantas — presidente do TCU

Com Revista Oeste