sexta-feira, 27 de setembro de 2024

'O destaque de Milei', por Rodrigo Constantino

 

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O falando bobagem na abertura dos trabalhos da instituição. Seu microfone foi cortado antes do término de sua fala repleta de ladainha e antiamericanismo infantil, e o presidente brasileiro ainda arrumou confusão depois com o Serviço Secreto de Joe Biden. O petista também posou para foto usando o tradicional lenço palestino, popularizado no Ocidente pelo terrorista Arafat, lembrando a todos que seu governo colocou o país no “eixo do mal” de vez. Ou seja, um total fiasco a ida da comitiva brasileira para “nos” representar na ONU. 

Já Javier Milei, presidente da Argentina, fez seu primeiro discurso na ONU. E que discurso! Dominou a reação da imprensa, enquanto Lula foi apenas ignorado. Milei se apresentou como economista, não político, e como um liberal libertário. Ele elogiou a ideia original da ONU, criada no pós-guerra para disseminar valores universais e impedir que algo daquela natureza ocorresse novamente. Por algumas décadas, o resultado foi positivo. Mas estamos agora no fim de um ciclo, alertou Milei. 

Agenda woke: o novo nome para o socialismo Para o presidente argentino, o coletivismo estatizante tomou conta da organização, e a ideologia woke quer ditar como cada indivíduo do planeta deve se comportar. A ONU deixou também que países que desrespeitam por completo os direitos humanos ocupassem mais espaço e controlassem sua agenda, escancarando a hipocrisia frente aos ideais por ela propalados. Em síntese, a ONU se tornou impotente, virou um instrumento de regimes nefastos, passou a demonizar a democracia israelense para defender tiranias islâmicas, pregou um controle social incompatível com as liberdades durante a pandemia.

Milei tem “lugar de fala”, e lembrou da experiência desastrosa do socialismo em seu país. Atacou o Fórum de Davos e suas políticas “ridículas”, como a missão de emissão zero de carbono, fruto da histeria ambientalista, que prejudicam principalmente os países mais pobres para atender a uma elite global arrogante. Diante do fracasso das ideias esquerdistas que dominaram as últimas décadas na ONU, a solução proposta é intensificar no caminho errado, em vez de dar uma guinada para endireitar o mundo. 

Milei argumentou: “Estamos diante de um fim de ciclo. O coletivismo e a postura moral da agenda woke colidiram com a realidade e não têm mais soluções confiáveis a oferecer para os problemas reais do mundo. Na verdade, eles nunca os tiveram. Se a Agenda 2030 fracassou, como seus próprios promotores reconhecem, a resposta deveria ser perguntar a nós mesmos se ela não era uma agenda malconcebida para começar, aceitar essa realidade e mudar de rumo. Não se trata de persistir no erro, dobrando a aposta em uma guerra que fracassou. 

É sempre a mesma coisa com as ideias que vêm da esquerda. Eles criam um modelo de acordo com o que os seres humanos deveriam fazer, segundo eles, e, quando os indivíduos agem livremente de outra forma, eles não têm outra solução melhor do que restringir, reprimir e cortar sua liberdade.” A agenda woke, um novo nome para o socialismo, está finalmente tendo um momento de inflexão nos Estados Unidos. Várias empresas estão abandonando essa visão de mundo e demitindo os militantes. 

Os negócios, afinal, deveriam focar em atender bem os consumidores, não em buscar uma vaga “justiça social” com base na política identitária e na vitimização de oportunistas e gente doente. A agenda esquerdista foi longe demais, e as pessoas moderadas estão se dando conta do perigo. Espera-se apenas que não seja tarde demais. 

A civilização mais livre e próspera 

É aí que entram as lideranças que defendem a liberdade. Quando o comunismo ameaçava o mundo inteiro durante a guerra fria, líderes como Reagan, Thatcher e o papa João Paulo II foram cruciais para reverter o processo e salvar o Ocidente. Hoje temos Trump, Giorgia Meloni, Milei e Elon Musk correndo por fora da política, mas com um papel fundamental por meio do antigo Twitter, que o empresário comprou por dezenas de bilhões para defender a liberdade de expressão no mundo.

A guerra não será fácil, pois do outro lado temos os inimigos externos do Ocidente, como Rússia, China e Irã, além dos “bárbaros dentro do portão”, que são os democratas radicais que endossam a agenda socialista woke. 

É nesse contexto que entra o Brasil, um laboratório para o mundo com o avanço de sua juristocracia esquerdista. O ladrão que voltou à cena do crime com a ajuda de cúmplices supremos promove cada vez mais a censura no país, tudo sob o manto de “combater o discurso de ódio, a desinformação e a extrema direita”. 

Na prática, é pura perseguição aos liberais e conservadores. Para comunistas e globalistas, a direita precisa ser extirpada. O Foro de São Paulo tem a Venezuela como ícone e outros países dominados pelo comunismo, enquanto o Brasil apresenta uma variação sobre o mesmo tom, com um verniz de legalidade democrática já perdido no país de Maduro. A Argentina é o incômodo vizinho que lembra de um caminho alternativo possível, com liberdade e prosperidade, com respeito pela vida humana. O discurso de Milei na ONU abarcou esses principais pontos, enaltecendo os valores morais que fizeram do Ocidente a civilização mais livre e próspera. 

É um chamado para o despertar. O mundo pode seguir os modelos de China, Rússia, Venezuela, Irã e do Brasil lulista, ou pode resgatar os pilares que permitiram tanto o crescimento econômico como um ambiente de liberdade e garantias individuais. 

Tomara que a fala de Milei possa seduzir outras importantes lideranças ocidentais neste momento de crise aguda. 

A sobrevivência ocidental depende disso!


Rodrigo Constantino, Revista Oeste