Economista de direita foi eleito por uma ampla margem de votos
O economista Santiago Peña, 44 anos, terá mandato de cinco anos | Foto: Foto: Reprodução/Redes sociais
O economista de direita Santiago Peña, 44 anos, foi eleito no domingo 30, presidente do Paraguai. Esta foi a primeira vez em que Peña concorreu em uma eleição nacional. Em 2017, ele participou das primárias do Partido Colorado, mas perdeu a indicação à Presidência para o atual chefe do Executivo do país, Mario Abdo Benítez.
Peña tem uma brilhante carreira acadêmica. Já atuou no Fundo Monetário Internacional e fez parte da direção do Banco Central do Paraguai.
O economista, no entanto, considerado um tecnocrata, tem pouca experiência política. Ele entrou para o meio através do ex-presidente Horacio Cartes, que governou o país de 2013 a 2018, e o indicou para ministro da Fazenda.
O novo presidente vai assumir o cargo em 15 de agosto. No Paraguai, as eleições são definidas em turno único, o voto é obrigatório, e a reeleição não é permitida, por isso o atual presidente, Mario Abdo, não pôde concorrer a um novo mandato de cinco anos.
Promessas do novo presidente do Paraguai
Peña se diz contra a legalização do aborto, porque parece para ele “o mais fácil, um atalho”. Também se diz decidido a defender a família.
Uma das principais promessas de campanha foi a criação de 500 mil postos de trabalho e “mais dinheiro no bolso dos paraguaios”, com a geração de empregos e a formalização da economia.
Durante a campanha, Peña prometeu acabar com a evasão fiscal e promover políticas para que mais pessoas trabalhem na economia formal. Ele também afirmou não ter o aumento de impostos como um de seus planos.
Política externa
Peña disse que vai preservar as relações com Taiwan, apesar dos questionamentos de setores produtivos, como a agroindústria e a pecuária, que exigem a abertura das exportações para a China.
Garantiu ainda que tem um “laço fraternal enorme com Israel”, e disse que pretende mudar novamente a Embaixada do Paraguai para Jerusalém, uma medida que Cartes tomou no final de seu governo, e que o atual presidente, Mario Abdo, reverteu.
Revista Oeste