E os números são surpreendentes: foram cumpridos 1.160 mandados de busca e apreensão, 12 prisões preventivas e 135 prisões temporárias contra os suspeitos; sendo que uma única ação pode iniciar em um Estado e se estender a outras unidades da Federação.
Rio de Janeiro (6), Amapá (5), Pernambuco (5), Maranhão (5) e São Paulo (5) foram os Estados que mais registraram operações. Rio Grande do Norte, Mato Grosso e o Distrito Federal não anotaram nenhuma ocorrência.
A Polícia Federal apura também se diversas compras em municípios foram fraudadas. A primeira investigada ocorreu apenas um mês depois do início da pandemia no Brasil, em abril de 2020, na cidade de Aroeiras, Paraíba, e deflagrou a “Operação Alquimia” que, depois disso, foi estendida a 12 Estados brasileiros.
Os desvios de recursos públicos de combate à pandemia ocorreram por motivos diversos: superfaturamento na aquisição de insumos, dinheiro encontrado na cueca de um senador, instalação mal acabada dos hospitais de campanha e até a vacinação de empresários com as doses da Pfizer, em Belo Horizonte (MG).
Em meio às investigações da PF, dois governadores foram afastados sob a acusação de atuarem em esquemas de desvios de verba pública da saúde: Wilson Witzel (PSC-RJ) e Carlos Moisés (PSL-SC). Ambos alegam inocência e se dizem vítima de perseguição política.
Enquanto Estados e municípios seguem exigindo mais verbas do Governo Federal para o enfrentamento da pandemia, inclusive com petições destinadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), outra fonte de investigações de supostos desvios iniciará, nesta semana. É a CPI da Covid, instalada pelo Senado e determinada pela Corte, vai apurar ações e possíveis omissões; não só do Governo Federal, mas também de todos os 26 entes federados, Distrito Federal e municípios.
E salve-se quem puder comprovar onde investiu os muitos recursos encaminhados pelo Governo Bolsonaro para a saúde do país!
Jornal da Cidade