quinta-feira, 22 de abril de 2021

Bolsonaro promete antecipar em 10 anos prazo para emissão zero de carbono no Brasil

Jair Bolsonaro ao lado do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, na Cúpula do Clima
- Foto: Marcos Correa


O presidente Jair Bolsonaro mostrou empenho em preservar os biomas brasileiros, com foco na Amazônia, mas sem deixar de expressar seu apelo pelo recebimento de recursos estrangeiros para a preservação ambiental. Também se comprometeu a antecipar, em dez anos, de 2060 para 2050, a emissão zero de carbono no Brasil. Foi o que disse em seu discurso na Cúpula dos Líderes sobre o Clima.

Bolsonaro afirmou o comprometimento de seu governo em eliminar o desmatamento ilegal até 2030, com a "plena e pronta" aplicação do Código Florestal. "Com isso, reduziremos em quase 50% nossas emissões [de gases de efeito estufa] até essa data", afirmou.

Deixou claro, contudo, que espera contar com o apoio do mundo na preservação do meio ambiente mediante o recebimento de recursos. "Diante da magnitude dos obstáculos, inclusive financeiros, é fundamental poder contar com a contribuição de países, empresas, entidades e pessoas dispostas a atuar de maneira imediata, real e construtiva na solução desses problemas", disse.

O presidente Jair Bolsonaro mostrou empenho em preservar os biomas brasileiros, com foco na Amazônia, mas sem deixar de expressar seu apelo pelo recebimento de recursos estrangeiros para a preservação ambiental. Também se comprometeu a antecipar, em dez anos, de 2060 para 2050, a emissão zero de carbono no Brasil. Foi o que disse em seu discurso na Cúpula dos Líderes sobre o Clima.

Bolsonaro afirmou o comprometimento de seu governo em eliminar o desmatamento ilegal até 2030, com a "plena e pronta" aplicação do Código Florestal. "Com isso, reduziremos em quase 50% nossas emissões [de gases de efeito estufa] até essa data", afirmou.

Deixou claro, contudo, que espera contar com o apoio do mundo na preservação do meio ambiente mediante o recebimento de recursos. "Diante da magnitude dos obstáculos, inclusive financeiros, é fundamental poder contar com a contribuição de países, empresas, entidades e pessoas dispostas a atuar de maneira imediata, real e construtiva na solução desses problemas", disse.


Brasil na vanguarda do enfrentamento ao aquecimento global

O presidente da República iniciou seu discurso citando números que, segundo ele, colocam o Brasil na “vanguarda do enfrentamento ao aquecimento global”. Disse que o Brasil participou com menos de 1% das emissões históricas de gases de efeito estufa, “mesmo sendo uma das maiores economias do mundo”. E, no presente, de acordo com ele, o país responde por menos de 3% das emissões globais anuais.

Bolsonaro defendeu que o país conta com uma das matrizes energéticas mais limpas, graças aos “renovados” investimentos em energia solar, hidráulica, eólica e biomassa. “Somos pioneiros na difusão de biocombustíveis renováveis, como etanol, fundamentais para a despoluição de nossos centros urbanos.”

Como é tradicional em seus discursos em fóruns climáticos, Bolsonaro defendeu o agronegócio em alinhamento com a preservação ambiental, a pauta do desenvolvimento sustentável, tão defendida pelo governo. “No campo, promovemos uma revolução verde a partir da ciência e inovação. Produzimos mais utilizando menos recursos, o que faz da nossa agricultura uma das mais sustentáveis do planeta”, afirmou.

Mesmo com o agronegócio pujante, Bolsonaro disse ter “orgulho” de conservar 84% do bioma amazônico e 12% da água doce da terra. “Como resultado, somente nos últimos 15 anos evitamos a emissão de mais de 7,8 bilhões de toneladas de carbono na atmosfera”, declarou.


Redolfo Costa, Gazeta do Povo