A pandemia por covid-19 fez do ano de 2020 um ano sem data para terminar. Dezembro vem surgindo no horizonte sombrio, trazendo dúvidas e incertezas. Registra um aumento nos casos de covid em 12 capitais. O Brasil registra quase 173 mil mortos.
Campo Grande, Mato Grosso do Sul está na triste estatística de aumento dos casos. Hospitais lotados; super procura por testes; pessoas morrendo, mesmo sem fazer parte do grupo de risco.
Tenho testemunhado famílias inteiras contaminadas pela doença. Tive a triste experiência de perder amigos e conhecidos. Mais triste foi constatar que muitos perderam a vida porque esconderam os sintomas, por medo de ir para o hospital e virar estatística. Outros se recusaram a tomar qualquer tipo de remédio por achar que não funciona. Outros ainda, sofrem calados a doença por medo de ser estigmatizado.
Junto com o teste positivo vem as dúvidas de onde e quem causou a contaminação? Uma vez incubado o vírus, teria a pessoa contaminado alguém?
Estou vivendo no momento, a experiência medonha de ter parentes e amigos internados para tratamento dessa terrível doença.
A partir dessa amostra, observei um sentimento comum a todos: o medo. Mas, não necessariamente só o medo natural da morte, mas, um tipo de medo que deriva da desconfiança, da desinformação, das informações contraditórias.
Estamos cansados de saber que houve uma politização dessa pandemia. Autoridades de oposição e representantes eleitos, não tiveram escrúpulos em meter medo na população na tentativa de “educar”, e da pior maneira, com castigos, agressões e prisões.
Quem tem um mínimo de inteligência sabe fazer a leitura de que, de nada adianta gritar por ciência, ciência, ciência, se não há consciência, consciência, consciência.
A crise é na confiança. Ciência por ser desenvolvida por gente sem escrúpulos. Há pesquisas adulteradas para interesses escusos.
Que tipo de ciência que na incerteza de uma pandemia, pode afirmar que “caminhões do exército poderia recolher corpos na rua?”
Que tipo de ciência se pode encontrar na declaração de um governador, de que a vacina será obrigatória, com consequências para quem se recusar a tomá-la?
Qual a utilidade da macabra declaração do prefeito de São Paulo de que havia comprado caixões e sacos reforçados para embalar os defuntos? Quantos ao adoecer, se lembrou disso e "morreu" de medo?
É fato que houve por parte de nossos representantes, uma falha descomunal na comunicação com a população. Na verdade, nunca houve verdadeiras intenções e nem respeito pela população. Não houve um programa de conscientização das pessoas. O que houve foi uma espécie de regressão onde as pessoas foram tratadas como crianças; a palmatória foi substituída pelo cassetete, pelas gravatas e algemas.
A crise é de confiança. Assistimos, desde o início, uma guerra entre os poderes, ajudados pela oposição e uma boa parte da mídia, covardemente, com objetivo de sabotar as iniciativas do governo e impedir o seu provável sucesso no combate à doença.
Quem garante que administrar precocemente aquele remédio proibido, não teria salvo milhares de vidas?
Por que todos os esforços no sentido de impor um isolamento horizontal, se nem se quer pode ser comparado ao isolamento vertical?
Em razão das eleições municipais, houve um afrouxamento nas regras de pandemia e, justamente, após o primeiro turno, ocorreu o aumento de contaminados. Coincidência? Para conter o aumento de casos? conscientização inteligente, e não medidas arcaicas e coercitivas.
Já se fala em fechamento total do comércio em algumas cidades, após o segundo turno.
Não dá mais para aceitar esse tipo de medida ineficaz.
Está mais do que na hora de uma trégua.
Admitam de vez por todas: isolamento horizontal mata mais que o vertical. É inteligente isolar os doentes e não as pessoas saudáveis.
Esse será o primeiro natal em pandemia. Ano da luta descomunal, do luto, da solidão, do isolamento, da falta de solidariedade.
Cada um de nós é um ser solitário, para amenizar isso só sendo solidário. Já é tempo de trocar o medo pelo cuidado. Para além do uso de máscaras e medidas de higiene física, precisamos de higiene mental. Enquanto a ciência busca soluções para esse vírus,
Vamos aumentar a nossa consciência. A consciência é um atributo do espírito, da mente humana. Só o homem(mulher) pensa e sabe que pensa, por isso, pode sempre que quiser, mudar o seu destino.
Bernadete Freire Campos
Psicóloga com Experiência de mais de 30 anos na prática de Psicologia Clinica, com especialidades em psicopedagogia, Avaliação Psicológica, Programação Neurolinguística; Hipnose Clínica; Hipnose Hospitalar ; Hipnose Estratégica; Hipnose Educativa ; Hipnose Ericksoniana; Regressão, etc. Destaque para hipnose para vestibulares e concursos.
Jornal da Cidade