domingo, 29 de novembro de 2020

A trajetória “genocida” de Boulos, após ter ciência de que poderia estar infectado pelo vírus chinês

 

Boulos manteve a campanha, mesmo sabendo que a deputada Sâmia Bonfim contraiu a Covid-19

Ora, ora... Como são as coisas, aliás, como são os interesses.

O candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, que em julho deste ano, chamava o presidente Jair Messias Bolsonaro de “genocida”, manteve a campanha eleitoral em sua plenitude, mesmo ciente de que poderia ter contraído o coronavírus, uma vez que teve contato com pessoas infectadas.

“Existem razões jurídicas e políticas mais do que suficientes para poder tirá-lo. Nós estamos com 80 mil mortos (por covid-19), e o cara vai fazer um culto à cloroquina, contaminado por coronavírus", disse Boulos, em 21 de julho passado.

Passados apenas quatro meses da declaração, o sujeito preocupado com a saúde pública, volta atrás e diz que não irá interromper o final da sua campanha porque “não teve contato direto com quem tinha contraído a covid”. No caso a deputada federal, Sâmia Bonfim (PSOL), que testou positivo para a doença.

Mentiu...

Boulos esteve, sim, com a parlamentar em um evento, mas questionado pela imprensa, despistou.

"Eu não tive nenhum contato direto, assim, próximo com a Sâmia nos últimos dias. Soube agora do teste dela, me solidarizei com ela. E espero pronta recuperação da Sâmia”.

Novamente mentiu...

Em ambiente fechado, Sâmia e políticos do PT, PDT, Rede e PCdoB estiveram reunidos em um salão de um hotel, no centro da capital paulista, para oficializar apoio a Boulos no segundo turno.

Na segunda-feira (23), ele voltou ao mesmo salão e participou de um encontro com “evangélicos”. A organização da campanha não permitiu que a imprensa acompanhasse o evento.

Em seguida, o ‘genocida’ foi até a rua Direita, perto da praça da Sé, também no centro, onde respondeu a perguntas de pedestres.

Boulos ainda deu entrevista na TV Cultura, aglomerou 50 mulheres na periferia e mais 40 comerciantes em outro momento e, por fim, se reuniu com um bispo católico de 71 anos, do grupo de risco da doença.

Ao final, Boulos reconheceu que contraiu a covid-19 e, sequer, pôde votar neste domingo (29).

Quem é o genocida?

Jornal da Cidade