domingo, 1 de novembro de 2020

"A Inglaterra de joelhos", por Guillermo Federico Piacesi Ramos - Advogado

 

Sobre o assunto, disse ele:

“Agora é o momento de adotar ações porque não há alternativa”, e que o coronavírus está se espalhando "ainda mais rápido do que no pior cenário dos assessores científicos".

Disse, também:

“Nenhum primeiro-ministro responsável poderia ignorar os números sombrios. A menos que ajamos, podemos ver mortes neste país chegarem a vários milhares por dia".

Quando os romanos, comandados por Caio Julio Cesar, desembarcaram na ilha da Bretanha no século I a.C. para conquistá-la, encontraram forte resistência da população local, que não se furtou a lutar e enfrentar os invasores. Os romanos tiveram que ir embora, e retornaram algumas décadas após, no reinado do Imperador Claudio, para, aí sim, conseguirem dobrar aquele povo.

Depois, alguns séculos mais tarde, após o desmoronamento do mundo romano, vieram os vikings/nórdicos tentar instalar uma colônia na ilha da Bretanha. Foram recebidos com forte resistência, em sangrentas guerras que duraram anos e anos, e tiveram que se retirar.

Vários séculos à frente, já na era moderna, os alemães, nos anos 1940, tentaram invadir a ilha, sob o comando do “führer” Herr Hitler, mas nunca conseguiram, limitando suas ações a bombardeios aéreos, que apesar de causarem danos eram abafados pelo sistema de vigilância instalado pelo governo do Primeiro-Ministro Winston Churchill.

Agora, um ser microscópico, de baixíssima letalidade, consegue enfim pôr a Inglaterra de joelhos e deixar toda a população trancada em suas casas, com medo do perigo exterior.

Fica a dúvida: foi o povo inglês que mudou, nesse tempo, ou foi o mundo?


Jornal da Cidade