quinta-feira, 2 de julho de 2020

Zuckerberg acredita que anunciantes que aderiram ao boicote voltarão em breve ao Facebook

Segundo os funcionários, para Zuckerberg, a maior questão do boicote é relacionada à reputação da rede social


Mark Zuckerberg parece não estar tão preocupado com o boicote que está sendo promovido contra o Facebook, afirmam alguns funcionários que estiveram presentes em reunião com o fundador da rede social. Segundo o site The Information, o empresário havia dito que estava relutante a encarar o movimento e que apostava que os anunciantes voltariam para a plataforma em breve.
De acordo com esses funcionários, Zuckerberg deu a declaração na sexta-feira, 26, em uma reunião por videoconferência. No mesmo dia, o movimento liderado pela campanha "Stop Hate For Profit" já contava com o apoio de grandes empresas como Unilever e Verizon. A campanha pressiona o Facebook para ser mais ativo na remoção de conteúdos com discursos de ódio. 
Ainda na sexta-feira, o presidente do Facebook divulgou um comunicado, afirmando que iria proibir outras categorias, consideradas como discurso de ódio, principalmente as relacionadas à alegações de violência e segurança por parte de grupos étnicos e religiosos.
Nas declarações dos presentes nas reuniões conduzidas por Zuckerberg ao longo dos últimos dias, o The Information teve a acesso a informações que, para o empresário, a maior questão do boicote é relacionada à reputação e às parcerias, e não necessariamente à parte financeira. O canal de TV americano CNN afirmou, nesta quarta-feira, 1, que apenas três dos maiores anunciantes do Facebook — Microsoft, Starbucks e Pfizer — haviam aderido ao movimento.
 “Não mudaremos nossas políticas ou abordaremos nada por causa de uma ameaça a uma pequena porcentagem de nossa receita ou para qualquer porcentagem de nossa receita", teria afirmado Zuckerberg. 
O Estado de S. Paulo