Com peça de publicidade aparecendo em página de colunista que torce pela morte de Bolsonaro, instituição de ensino avisa que pode rever “políticas de anúncios”
Além de receber críticas dos presidente do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF) e podendo se tornar alvo de inquérito a partir de pedido do ministro da Justiça e Segurança Pública, o jornal Folha de S. Paulo pode sofrer no bolso com a decisão de publicar o artigo em que um colunista registra a torcida pela morte de Jair Bolsonaro. Isso porque ao menos uma empresa abre a possibilidade de rever suas “políticas de anúncios”.
Investindo em mídia programática, recurso que permite uma mesma peça publicitária aparecer em diversos domínios da internet e para usuários específicos, a Universidade São Judas Tadeu viu que uma ação de publicidade sua ficou diretamente atrelada ao conteúdo intitulado “Por que torço para que Bolsonaro morra”, de Hélio Schwartsman. A instituição de ensino superior reforçou, no entanto, ser contrária a “qualquer ato de violência, preconceito ou discurso de ódio”.
Posicionamento
Em nota enviada pela equipe de comunicação a Oeste, a empresa educacional afirma que preza pelos valores democráticos. “A Universidade São Judas é uma instituição democrática, aberta ao diálogo e que repudia qualquer ato de violência, preconceito ou discurso de ódio”, informa.
“Podendo inclusive rever as políticas de anúncios”
Por fim, sem mencionar diretamente o jornal paulistano, informa que tende a ponderar a estratégia atual de investimento em publicidade. “As regras de atuação da instituição são constantemente reforçadas com os parceiros e prestadores de serviços, podendo inclusive rever as políticas de anúncios”.
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EXCLUSIVO PARA ASSINANTES: “O ódio ilegal e o ódio do bem” — artigo de Ana Paula Henkel publicado na 16ª edição da Revista Oeste
Anderson Scardoelli, Revista Oeste