segunda-feira, 6 de julho de 2020

Com otimismo sobre retomada econômica, Bolsa fecha em alta de 2%; dólar fica a R$ 5,35

O otimismo com a retomada econômica afetou positivamente a Bolsa de Valores de São Paulo, a (B3)que encerrou nesta segunda-feira, 6, com alta de 2,24% aos 98.931,16 pontos - na máxima do dia, ela subiu aos 99 mil pontos.  O dólar, no entanto, não foi beneficiado pelo tom positivo do mercado e fechou cotado a R$ 5,3518, uma valorização de 0,61%.
Dólar
Previsão é que dólar ainda fique a R$ 5 no Brasil até o final de 2020. 
Foto: José Patrício/Estadão

Inúmeros fatores vindos do exterior estimularam a melhora do mercado brasileiro no pregão de hoje. Entre eles, estão os ganhos dos índices na Ásia, motivados por uma possível recuperação rápida da economia da região. Por lá, os mercados de ações fecharam em alta generalizada e a Bolsa de Xangai atingiu seu melhor nível desde 2018.
Também anima a volta às compras do megainvestidor americano Warren Buffett - depois de desfazer-se de ações de companhias aéreas em abril, Buffett aposta numa tese de crescimento no setor de energia.
Na máxima do dia, nesta segunda, o Ibovespa, principal índice de ações do mercado de trabalho, subia aos 99.256,85 pontos. 

Câmbio

dólar começou o dia em queda, acompanhando o movimento internacional de desvalorização da moeda, e atingiu a mínima de R$ 5,2636, com recuo de 0,93%. No entato, a moeda voltou rapidamente a subir no final da tarde. Na última sexta, o valor de fechamento foi de R$ 5,3191.

Cenário local

Por aqui, o ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista à CNN, ao ser perguntado se os Correios estavam incluídos, Guedes respondeu: "Seguramente, não vou falar quando (será a privatização), mas seguramente". O ministro afirmou que a tributação de dividendos deve entrar na reforma tributária, que deve ser aprovada ainda em 2020 e há o debate sobre criação de tributos sobre transações digitais, que não é a CPMF, afirmou.

Mercados internacionais


No exterior, os últimos indicadores chineses mostraram retomada da atividade econômica e aumento dos lucros no setor industrial, assim como os dados de emprego (payroll) em junho nos Estados Unidos vieram melhores que o esperado, gerando esperanças de que as Bolsas, sobretudo em Pequim, atravessem um período de tendência de alta. Nesse contexto, ficam em segundo plano o novo recorde de casos do vírus chinês em 24 horas no mundo, de mais de 212 mil, e a força que a covid-19 ganhou nos EUA nas últimas semanas em meio ao processo de reabertura econômica. 

Silvana Ro/cha e Luísa Laval, O Estado de S.Paulo