Ele salientou que as principais pendências nos momentos finais das negociações foram no setor de vinho e laticínios, como vinha antecipando o Estadão/Broadcast. “Tinha problemas nesses setores.”, comentou. Bolsonaro analisou que, com base no que os ministros reportaram, o fechamento do acordo foi “muito bom para o Brasil”.
O presidente afirmou que, durante sua campanha, a imprensa duvidada de que ele seria "convertido ao livre mercado", mas afirma que "evoluiu". "Confesso que, em grande parte, eu tinha ideias estatizantes, mas todos nós evoluímos. Nós acreditamos que somente o livre-comércio, onde o indivíduo é forte e não o Estado, é que podemos sonhar com democracia, liberdade e prosperidade. Estamos alinhados", afirmou.
Política ambiental do Brasil
Para Bolsonaro, os países europeus estão acostumados a ver o Brasil como colônia. A fala vem em meio a pressões da Alemanha e da França por mudanças nas políticas ambientais do governo. "Não é uma questão de arrogância, eles foram acostumados a tratar nós (sic) como colonizados. Faltava alguém que educadamente mostrasse que o Brasil não é isso, que o Brasil é um país que merece e vai ser respeitado enquanto eu for presidente. Esses chefes de Estado estão fazendo seu papel e o Brasil nunca fez isso", afirmou a jornalistas.
O presidente afirmou que a chanceler alemã, Angela Merkel, "arregalou os olhos" ao saber das questões ambientais brasileiras ao conversar com ele no G-20 e disse ter falado com Merkel sobre a "psicose ambientalista" que existe no Brasil - ele definiu o termo como "aquele cara que acha que o meio ambiente está acima de tudo". "Nós temos como conviver com o meio ambiente casado com o progresso", afirmou Bolsonaro.
Bolsonaro afirma que "no momento" o País está no Acordo de Paris e que o Brasil não pode se deixar "difamar" na questão ambiental.
Beatriz Bulla e Célia Froufe, enviadas especiais, O Estado de S.Paulo