Polícia americana retém brasileiros com dólares falsificados e eles dizem que fizeram o câmbio numa agência do Banco do Brasil.
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Uma família brasileira está enfrentando uma situação delicada, nos Estados Unidos: uma acusação de tentativa de repassar dólares falsificados por lá. Mas as notas teriam sido fornecidas por uma agência do Banco do Brasil no Recife.
Uma mãe nunca esteve tão aflita. “É um sentimento de impotência, de revolta, de indignação”, conta a mãe.
Mal dá para acreditar no problemão em que se transformou a compra de dólares no Banco do Brasil.
“Para mim é uma instituição muito séria e eu jamais, jamais poderia imaginar que eles, no final fossem dar um resultado como esse desagradável”, Maria de Fátima da Silva, bancária aposentada.
Maria de Fátima, que trabalhou no Banco do Brasil, diz que comprou em uma agência US$ 2.820. A quantia era para o irmão, João Neto Jr., viajar para os Estados Unidos para visitar a filha Amanda, que estuda em Houston, no Texas. Na hora de depositar os dólares em um banco americano, foi o maior susto, como a Amanda nos contou pela internet.
“Quando eu entreguei o dinheiro para a operadora de caixa, eles têm uma maquininha que eles usam para contar o dinheiro e checar a veracidade, deu que era dinheiro falso. Ela tentou em uma outra máquina da operadora do caixa do lado, deu a mesma coisa”, lembra Amanda.
Era só o começo do constrangimento. A gerente chamou a polícia. “Ela fez a descrição da gente: é latina, entre 20 e 30 anos, está usando calça jeans acompanhada de um senhor mais velho que diz ser o pai dela. Eu me desesperei, eu comecei a chorar e o meu pai ele não fala uma palavra em inglês. E o meu pai perguntava: ‘Minha filha, o que está acontecendo, o que está acontecendo?’. Falei: ‘Pai, a polícia está chegando, a gente vai ser preso’. E ele: ‘Preso? Mas por quê?’. Eu falei: ‘Pai, as notas são falsas’”, conta Amanda Parris, estudante.
O João não encontrava a filha Amanda há um ano e três meses. Ele viajou para passar 12 dias e matar a saudade. Mas agora a família não sabe quando é que ele vai voltar. É que as autoridades americanas avisaram que o João só poderá embarcar depois que o caso dos dólares falsos for esclarecido.
“A gente não sabe se a qualquer momento a polícia vai bater na minha porta e vai chegar com um mandado de prisão. Porque é crime, de acordo com a legislação, com o código criminal dos Estados Unidos são 15 anos de prisão para quem tem porte de cédulas falsas. É um risco que a gente está correndo”, afirma Amanda.
O Banco do Brasil declarou que está apurando o que aconteceu e que tomou providências para ajudar a Amanda e o pai, nos Estados Unidos.