Quando acaba a razão vem fatalmente a imposição.
Geralmente à força.
Na marra, como diriam meus avós.
Esse é o lema de todo o regime autoritário, ou ditatorial.
Regime de republiqueta das bananas, onde homenzinhos impõem ao povo sua vontade intimidando, prendendo, tocando o terror.
É o fim da democracia como a conhecemos.
E o fim, igualmente, da Constituição e do que ela significa: a liberdade de expressão garantida por cláusula pétrea a todo cidadão.
A pandemia que assola o mundo parece ter trazido consigo um mal há muito não visto por estas terras tupiniquins: a concessão absoluta de poder ilimitado a uma pessoa, um político que, em seus delírios, sonha com o poder da ponta da baioneta.
Brazuela.
Perigosamente, usando a praga do pensamento politicamente correto, a censura vai se estabelecendo no Brasil, atropelando a Constituição e negando ao povo a liberdade de ir e vir.
E o direito à opinião.
Há alguns dias, recebi, ao mesmo tempo que minha parceira, a cineasta Yara Katagiri, uma intimação para ‘prestar esclarecimentos’ sobre o conteúdo de nossos vídeos na Delegacia de Crimes Digitais do DEIC, em São Paulo.
O não comparecimento voluntário implica em ‘condução coercitiva’, que todos sabem o que significa: condução à força pela polícia.
Para quem não sabe, o DEIC é o Departamento Estadual de Investigações Criminais.
Sabemos que começam, nestes dias, a acontecer casos como esses pelo país, especialmente com formadores de opinião ou ativistas.
Esse tipo de ação totalitária não é novo, mas exercido dessa forma, ostensivamente, aciona um alerta: se não for combatido, é o primeiro passo para o fim da democracia por aqui.
Nada, absolutamente nada, justifica o cerceamento da liberdade dos cidadãos honestos de uma nação democrática.
Nem mesmo uma pandemia.
Que, diga-se de passagem, está sendo usada para fins políticos, para roubalheiras em geral e todos os etc.
Veja o vídeo, reflita e compartilhe:
Jornal da Cidade