
BUENOS AIRES
Depois de um jantar fechado no luxuoso Palacio Dauhau, em Buenos Aires, o presidente dos EUA partiu rapidamente para Ezeiza, para embarcar de volta a Washington, enquanto Xi Jinping foi descansar para encontrar, na manhã deste domingo (2), o presidente argentino, Mauricio Macri.
O que estava descrito como um "rápido jantar de trabalho" acabou de estendendo por mais de duas horas. Ambos saíram sem dizer nada, mas logo, funcionários de ambos os lados começaram a vazar notícias de que a cúpula tinha sido exitosa.
A televisão estatal chinesa disse que, a partir de 1 de janeiro, nenhum dos dois países imporia impostos novos um ao outro e que continuariam negociando.
Já Larry Kudlow, assessor econômico de Trump, pouco antes de embarcar, teria confirmado que a reunião tinha sido "muito boa", ao jornal "La Nación".
O clima já parecia favorável pouco antes da reunião. Ambos os líderes tinham se referido um ao outro de modo amável.
Trump disse que a China tinha um relação “especial” com os EUA e que sua intenção era “discutir sobre comércio para que possamos fazer algo que seja genial para ambos os países.”
Já Xi Jinping expressou suas condolências pela morte do ex-presidente George Bush. E acrescentou que “a cooperação entre nossas duas nações é de interesse para manter a paz e garantir a prosperidade do planeta”.
No curto momento em que foi permitida a presença de jornalistas no começo do jantar, Trump disse que o avião presidencial, o Air Force One, o levaria de volta a Washington e logo partiria para Houston para recolher o caixão de Bush e leva-lo para seu funeral na capital dos EUA.
O encontro entre ambos vinha sendo chamado de G2 após o G20, e nem mesmo os anfitriões do evento demonstravam saber qual seria o resultado. "Nós esperamos que se entendam e que a tensão diminua", disse, durante a tarde, o ministro da Economia argentino, Nicolás Dujovne. Já o presidente Macri, também aos jornalistas que cobriam o evento, disse que não poderia dizer muito sobre a guerra comercial porque acreditava que "todos aqui estamos na expectativa desse encontro entre China e EUA".
Sylvia Colombo, Folha de São Paulo











