terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Impasse sobre votação aberta para atender Renan pode paralisar Senado

Foto: Dida Sampaio/Estadão
O Senado ainda avalia se recorre da decisão do ministro Marco Aurélio Mello, que determinou voto aberto na eleição para a presidência da Casa. Um dos temores é de que, ao tentar derrubar a liminar, o Supremo mantenha a decisão do ministro, o que praticamente consolidaria o voto aberto e abriria uma crise institucional caso o “plano B” de ignorar a determinação seja executado. Se a opção for por provocar a Corte, dirigentes já falam em adiar a eleição até que o impasse seja superado – o que paralisaria os trabalhos no Senado na largada de 2019.
Vai ou não vai? Se o recurso entrar no início de janeiro, deve ser analisado pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli, que já suspendeu uma outra decisão de Marco Aurélio, que havia derrubado sozinho a possibilidade de prisão após segunda instância.
Tem prazo. Toffoli deixa o plantão do STF no dia 13 de janeiro, quando será substituído pelo vice-presidente, Luiz Fux. Senadores acreditam que as maiores chances de derrubar a votação aberta é se o recurso for apreciado por Toffoli.
Faça suas apostas. Para aliados do candidato Renan Calheiros (MDB-AL), se for mantido o voto aberto, Simone Tebet (MDB-MS) teria mais chances de presidir o Senado. Outra aposta do MDB é Eduardo Braga (AM), que tem mais apoio fora do Senado do que ela.
Pendura. A reeleição para a presidência da Câmara não é a única preocupação de Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele encerrou a disputa para deputado federal com uma dívida de campanha de R$ 604 mil. Arrecadou R$ 1,8 milhão, enquanto os gastos foram de R$ 2,39 milhões.
Um pé no governo. Um dos maiores doadores da campanha de Rodrigo Maia foi o empresário Salim Mattar, que lhe repassou R$ 200 mil. Ele será secretário de Privatizações do Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes.
Andreza Matais, O Estado de São Paulo