BOGOTÁ
A Colômbia espera que os países que são "defensores da democracia" retirem seus embaixadores e desconheçam a ditadura de Nicolás Maduro a partir de 10 de janeiro, quando assumirá novo mandato, afirmou o presidente Iván Duque nesta segunda-feira (24).
Duque defendeu ainda uma maior pressão sobre Maduro para que o país recupere "a liberdade e a democracia" diante do que descreveu como uma "ditadura esmagadora".
"Esperamos que chegue o dia 10 de janeiro e que outros países que são defensores da democracia, diante dessa situação de ditadura esmagadora, também terão de retirar seus embaixadores e desconhecer esse governo", afirmou à Blu Radio.
O Grupo de Lima, criado em 2017 após protestos contra Maduro que deixaram mais de 100 mortos, avalia romper relações com Maduro. Fazem parte do grupo Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Guiana e Santa Lucia.
Duque, que lidera também um grupo de países que pede uma investigação contra Maduro no Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade, disse estar confiante em que a campanha internacional dê resultados.
"Espero que a somatória de todos esses esforços internacionais leve a que a pressão seja tal que se tenha de fazer correções e tomara que se inicie o processo para que a Venezuela recupere a liberdade e a democracia", afirmou.
Maduro começa em 10 de janeiro um segundo mandato de seis anos, após ser reeleito em eleições boicotadas pela oposição e que foram denunciadas como fraudulentas pelos EUA, pela União Europeia e por diversos países da América Latina.
AFP