Depois de Lula lançar a Carta ao Povo Brasileiro em 2002, renegando bandeiras históricas do PT, Fernando Haddad — agora oficializado como substituto do ex-presidente na chapa petista — parece disposto a seguir o mesmo caminho.
O objetivo, aparentemente, seria obter o apoio de setores moderados da sociedade, inclusive os que abraçaram o tal do “golpe”, para o segundo turno da eleição, caso ele consiga chegar lá.
A questão é que, hoje, diante do estrago causado pelas gestões petistas, que deixaram como saldo a maior recessão da história, 13 milhões de desempregados e um déficit monumental nas contas públicas, seria surpreendente alguém cair de novo nessa lorota.
Se Haddad realmente der essa guinada, considerada “pragmática” por alguns analistas, ele poderia chamar seu manifesto político, se houver, de “Carta ao Bobo Brasileiro”.
Ficaria tudo bem transparente e ninguém iria estranhar.
José Fucs, O Estado de São Paulo