quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Nova York: conheça atrações fora de Manhattan que valem a visita


Prédios de Manhattan vistos a partir do Brooklyn Bridge Park, do outro lado do Rio East - JULIENNE SCHAER / NYC & Company / Divulgação


Times Squares, Central Park, Quinta Avenida... É difícil fugir dos principais cartões-postais de Nova York, mesmo quando se retorna a cidade. Mas há muito o que ver fora da ilha de Manhattan. O "Boa Viagem" pediu dicas de programas em lugares menos conhecidos, mas igualmente imperdíveis, a duas consultoras de turismo especializadas em criar roteiros especializados. Cecília Graça Aranha e Maria Fernanda Mazzuco são sócias na New York Spin e indicaram bairros tranquilos, mas charmosos, no Brooklyn, e até centros de arte fora de NYC. Confira a seguir, nas palavras da dupla:
Red Hook, Brooklyn


Galpão em tijolinhos da Cacao Prieto, conhecida fábrica de chocolates em Red Hook, no Brooklyn - Marley White / NYC & Company / Divulgação

"A vista encantadora desta pequena área do Brooklyn enaltecida pelo aceno da Estátua da Liberdade é a entrada da cidade pelo caminho do mar. Red Hook segue os passos de revitalização de outros bairros de Nova York, como Williamsburg e Harlem. Desbravamos e nos apaixonamos por este cantinho escondido da cidade como verdadeiras nova-iorquinas, que sempre buscam escapar das rotas turísticas e do barulho da Big Apple.

Nosso passeio por Red Hook parte de ferry em aventura maravilhosa pela Baía de Nova York. A gastronomia e arte são as estrelas do bairro: vinícola com produção local (sim, o estado de NY produz ótimos vinhos!), destilarias, sorvetes artesanais, fábricas de chocolate e saborosas lagostas enchem o paladar de qualquer aventureiro disposto a explorar a área. 

Os locais que outrora abrigaram armazéns de cais de porto, cederam lugar para espaços de arte que não deixam nada a desejar aos de Manhattan".

Dia Beacon e Storm King

Cecília Graça Aranha e Maria Fernanda Mazzuco, sócias na New York Spin - Divulgação

"Um dos nossos passeios preferidos nas proximidades de Nova York, para quem quiser sair um pouco do frenesi da cidade, é a exploração desses fabulosos espaços de arte ao norte de Manhattan. Vale a visita e nós particularmente adoramos um piquenique por lá.

A Dia foi fundada em Nova York em 1974 para ajudar os artistas a alcançar projetos visionários que, de outra forma, poderiam não ser realizados por causa de escala ou escopo. Hoje, Dia (que vem do grego e significa “através”) é uma constelação de sites, desde obras de arte e instalações icônicas e permanentes.

Em maio de 2003, a Dia Art Foundation inaugurou a Dia: Beacon, às margens do rio Hudson, em Beacon, Nova York, em uma antiga fábrica de impressão de caixas da Nabisco. O museu apresenta a coleção de arte desde a década de 1960 até o presente, bem como exposições especiais e programas públicos.

Conhecido como um dos parques de escultura mais importantes do mundo, o Storm King Art Center tem mais de 50 anos. Localizado no Hudson Valley, sua intocada paisagem de 202 hectares de campos, colinas e bosques fornece o cenário para uma coleção de mais de cem esculturas cuidadosamente localizadas criadas por alguns dos artistas mais aclamados do nosso tempo".


Uma das cem esculturas do Storm King Art Center, no Hudson Valley, arredores da cidade de Nova York - DaveMBarb / Flickr / Creative Commons


Carroll Gardens

Embora cheio de bares da moda, restaurantes e boutiques, Carroll Gardens mantém suas brownstones, igrejas encantadoras e autênticas confeitarias italianas. Também chamam a atenção os grandes jardins na frente das casas. Originalmente considerado como parte do Brooklyn Sul o bairro passou a ter a sua própria identidade na década de 1960. O nome veio de Charles Carroll, um imigrante irlandês cujo nome foi anexado ao Carroll Street e Carroll Park.

Preparação de drinque no Prime Meats, em Carroll Gardens, Brooklyn - Malcolm Brown / NYC & Company / Divulgação

Notoriamente é um bairro italiano, apesar de colonizado por irlandeses. Os imigrantes italianos começaram a vir para o bairro no final do século XIX para ocupar funções de estivadores e trabalhadores do Brooklyn Navy Yard. Continuaram a chegar até a década de 1950, o que levou a grande parte da população irlandesa a deixar o bairro.

O aumento da população italiana provocou questões sobre o papel da máfia no bairro. Uma teoria diz que parte de Carroll Gardens foi controlada pela família Gambino e uma outra, controlada pela família Colombo. Hoje em dia, um dos bairros mais badalados do Brooklyn, esbanja moda, design e antiquários de móveis "mid century".


O Globo