terça-feira, 5 de junho de 2018

"Do cinismo ao escárnio", por José Nêumanne

A mão direita de Cármen Lúcia nega tudo o que sua boca enunciou alguns dias antes. Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ
Em plena mobilização dos caminhoneiros e das transportadoras bloqueando estradas e provocando pane seca e crise de desabastecimento de víveres, o Poder Judiciário, na pessoa da presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, se omitiu, nada comentando a respeito em entrevista à Folha. Depois, ela fez um discurso teórico exaltando o papel dos juízes no Estado de Direito. Agora, com o País fazendo as contas para saber quantos bilhões de reais terá de pagar, a dita senhora e mais outros presidentes de tribunais e conselhos do dito cujo Poder assinaram documento alienado, corporativista e leviano, criando dois auxílios bancados pelo contribuinte espoliado similares ao moradia: alimentação e pré-escola: algo entre cinismo e escárnio.
(Comentário no Jornal Eldorado da Rádio Eldorado – FM 107,5 – nesta terça-feira 5 de junho de 2018)