quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Subsídios do Tesouro ao BNDES somaram R$ 22 bilhões em 2017


Fabricação de notas na Casa da Moeda - Pedro Kirilos/Agência O Globo/24-07-2012


Marthe Beck, O Globo



A conta de subsídios do Tesouro Nacional a empréstimos concedidos no âmbito do PSI (Programa de Sustentação do Investimento) e pelo BNDES somou R$ 22 bilhões em 2017. Isso é o que mostra boletim divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério da Fazenda. O documento deixa clara a estratégia do governo de reduzir incentivos ao setor produtivo por meio do banco de fomento, mas também aponta que ainda há um custo elevado até que a conta seja zerada.

De acordo com o boletim, os subsídios financeiros (explícitos) – que são pagos quando o BNDES empresta dinheiro às empresas com taxas reduzidas e o Tesouro equaliza as operações – somaram R$ 6,369 bilhões no ano passado. Isso representa uma queda de 32,8% em relação a 2016. No entanto, ainda haverá impacto dessas operações sobre os cofres públicos até 2041. Quando trazida a valor presente, essa conta chega a R$ 10,865 bilhões.

Já os subsídios creditícios (implícitos) – diferença entre o custo de captação do Tesouro e o custo contratual dos empréstimos concedidos pelo BNDES – chegaram a R$ 15,661 bilhões em 2017, o que equivale a uma queda de 46,26% sobre o ano anterior. Neste caso, também há uma conta futura a ser paga e ela é salgada. Quando trazidos a valor presente, esses subsídios somam R$ 51,444 bilhões.

Somente em 2018, o montante de subsídios (incluindo explícitos e implícitos) somará R$ 9,065 bilhões. Já o custo total desses incentivos trazido a valor presente chega a R$ 62,309 bilhões.