O grupo Sandylon, que atua com projetos de engenharia e fornecimento de estruturas metálicas, vai investir cerca de R$ 480 milhões para instalar uma usina de energia solar em Tocantins.
Com a unidade, que terá capacidade para produzir 90 MW, a empresa quer disputar o Leilão de Energia de Reserva, que será realizado em novembro deste ano.
Caso não vença a concorrência, o objetivo é fornecer para o mercado livre, segundo Rodolfo Toni, presidente do conselho da Sandylon.
"Decidimos diversificar nossa atuação por causa do potencial do setor de energias renováveis. Com as tarifas elevadas e sem previsão de redução, o projeto consegue ter viabilidade econômica."
A Soliker, de painéis solares, será responsável por fornecimento total de infraestrutura, monitoramento e manutenção da usina e terá 5% de participação no negócio, por meio de uma sociedade de propósito específico.
"Esse será o nosso maior contrato até o momento", afirma Gabriela Corte Batista, presidente da Soliker.
A estimativa é que a planta tenha uma área de 1,3 quilômetros quadrados de painéis solares e consuma aproximadamente 1.100 toneladas de aço galvanizado.
Os insumos para a usina serão importados da Espanha, uma vez que a Soliker ainda não concluiu sua fábrica em Luziânia (GO).
Tocantins foi escolhida para receber o empreendimento por causa da alta incidência de radiação solar e dos poucos dias de chuva durante o ano. O município ainda não foi definido.
"A região tem ainda muita demanda, por causa do parque industrial", afirma Toni.